Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Sabem aqueles doces que provamos e nunca mais nos saem da cabeça?
Foi o que me aconteceu com esta tarte. Faz mais ou menos dois anos, que por esta época provei uma tarte destas, na simpática vila de St. Lary, situada nos Pirinéus franceses. E apesar de nunca mais ter comido nenhuma ela não me saiu da memória.
Tentei encontar uma receita, mas nada se assemelhava ao que eu tinha comido, por isso resolvi recriar de memória aquela tarte de massa crocante e recheio aveludado que continuava a povoar o meu imaginário.
Tarte de Mirtilos
Ingredientes:
Para a Massa (receita de Pierre Hermé)
Para o Creme de Pasteleiro
Para a Cobertura
Preparação:
Da massa:
Ligar o forno a 180º.
Bater a vaqueiro com sabor a manteiga à temperatura ambiente com o açúcar até obter uma mistura homogénea, juntar o ovo, misturar bem, depois a amêndoa moída e por fim a farinha.
Formar uma bola, embrulhar em película aderente e guardar no frigorifico por duas horas.
Estender a massa e forrar uma forma de tarte ou várias formas de tartelete, cobrir com papel vegetal encher com feijões secos (o peso dos feijões faz com que a massa não enfole) e levar ao forno aquecido por cerca de 20 minutos, ao fim desse tempo retirar os feijões e o papel vegetal e levar mais 5 minutos ao forno.
Deixar arrefecer, desenformar e reservar.
Do Creme:
Levar o leite ao lume com uma casquinha de limão para aquecer sem deixar ferver, bater ligeiramente os ovos com o açúcar, juntar a farinha e adicionar o leite aos poucos.
Levar esta mistura ao lume, mexendo sempre até engrossar. Retirar o creme para uma taça e tapar com película aderente para não criar nata e reservar até estar completamente frio.
Montagem:
Deitar o creme por cima da base da tarte, colocar por cima os mirtilos e polvilhar com açúcar em pó.
Notas:
Quer a base da tarte, quer o creme podem ser feitos de véspera, já que para a montagem da tarte é necessário que todos os elementos estejam frios.
Para um creme mais rico usar 125 ml de leite + 125 ml de natas.
Em vez dos mirtilos pode usar outra fruta a gosto (morangos, framboesas, ou uma mistura de vários frutos vermelhos) e em vez de polvilhar com açúcar em pó pode pincelar com geleia.
Há um tempo que andava a fazer experiências para uma sobremesa à base de cuscuz, finalmente cheguei a uma do meu inteiro agrado, pelo caminho ficaram algumas experiências frustradas e um provador desesperado.
É uma sobremesa simples para quem não gosta de coisas excessivamente doces e por isso para comer sem remorsos.
O cuscuz feito à base de sêmola de trigo é originário do Norte de África e muito popular na região do Maghreb.
Na Europa é conhecido como couscous, do árabe kuskus, tem a sua origem na palavra "seksu".
A primeira referência ao cuscuz aparece no século XIII, num Livro de Cozinha do Maghreb e Al-Andalus, nome por que era conhecida a península Ibérica sob o domínio Árabe, a maioria dos pratos à base de cuscuz são salgados, com legumes, borrego ou frango, mas também existem algumas versões doces.
Hoje em dia é fácil encontrar no supermercado o cuscuz pré-cozido, uma espécie de cuscuz instantâneo que se hidrata num líquido e que está pronto a ser usado em cerca de 10 minutos se o líquido for quente e 30 a 45 minutos se o líquido for frio, nada como seguir as instruções da embalagem que varia ligeiramente no tempo de cozedura consoante a marca.
Apresento-vos a sobremesa do Ali-Bábá:
Cuscuz com Chá e Frutos Secos (2/3 pessoas)
Ingredientes:
Preparação:
Aquecer a água e imediatamente antes de começar a ferver deite-a sobre as folhas de chá, deixar em infusão entre 8 a 10 minutos e coar.
Cortar os alperces e as tâmaras em cubinhos. Numa taça colocar as sultanas, os alperces e as tâmaras e deitar sobre eles 100 ml de chá adoçado com uma colher de chá de mel, deixar macerar pelo menos durante uma hora a duas horas, (eu deixei de um dia para o outro).
Colocar uma chávena de cuscuz numa taça e vazar por cima igual quantidade de chá quente adoçado com uma colher de sobremesa de mel e a manteiga, tapar e deixar hidratar por cerca de 10 minutos.
Numa frigideira anti-aderente colocar os pinhões e levar ao lume mexendo sempre até alourar.
Mexer o cuscuz com um garfo para soltar os grãos e misturar com os frutos secos, polvilhar com canela, colocar em tacinhas e servir decorado com uma folhinha de hortelã.
Notas: Se quiserem podem hidratar os frutos com vinho do porto ou outro vinho doce para uma versão alcoólica. O chá pode ser preto, de menta ou outro do vosso agrado. Os pinhões podem ser substituídos por amêndoas torradas e lascadas, ou por nozes partidas. E os frutos secos podem variar consoante o gosto, ameixas secas, figos ou até frutos cristalizados picadinhos. Uma raspa de limão também não ficaria mal, mas por incrível que pareça não tinha limões em casa.
Se forem muito gulosos adicionam mais mel ou açúcar amarelo.
Antes de mais, e apesar de ter respondido a cada um dos comentários que me deixaram no post anterior, quero mais uma vez agradecer-vos todo o apoio, carinho e solidariedade, mas a vida continua e por isso trago-vos hoje algo para adoçar a boca depois de um momento de escrita um pouco amarga e nada costumeira neste espaço.
Quando eu era miúda era costume passearmos em família, às vezes iamos até Sintra ao fim de semana, vinhamos a comer queijadas pelo caminho, mas ao passar por Belas ainda havia barriga para um Fofo, de Belas pois claro!
O Fofo é um bolo muito simples, uma espécie de pão de ló recheado com um creme inegualável, por isso está longe da minha intenção reproduzi-lo, até porque adoro passar por lá para beber um café e literalmente "lambuzar-me" com um fofo e ficar com as mãos cheias de açúcar, eu sei que já sou crescida, mas há coisas que me continuam a dar tanto prazer como quando era miúda.
No fim de semana tive que fazer uma sobremesa e de repente lembrei-me de fazer um falso Fofo de Belas, queria algo simples, e de tão simples que ficou nem me passou pela cabeça colocá-lo aqui, apesar de o ter fotografado, como tinha feito a receita a dobrar sobrou um pedaço que levei para o escritório para dividir pelas colegas de almoço, elas gostaram tanto que achei que talvez valesse a pena falar dele e deixar a receita.
Falso Fofo
Ingredientes:
Para o Bolo:
Para o Recheio:
Preparação do Bolo:
Separar as gemas das claras, bater as gemas com os açúcares até obter uma mistura esbranquiçada, adicionar a água quente, depois as farinhas e o fermento, por fim envolver as claras que foram préviamente batidas em castelo.
Vai ao forno quente a 180º, em forma untada e enfarinhada durante cerca de 20 minutos ou até espetar o palito e o mesmo sair seco.
Enquanto o bolo coze, prepara-se um creme de pasteleiro batendo as gemas de ovo com o açúcar até dobrar o volume, adicionar-lhe a farinha e um pouquinho de leite e reservar. Levar o restante leite com as natas ao lume, quando estiver quente juntar o preparado das gemas, baixar o lume e mexer com uma colher de pau até engrossar, retirando de imediato do lume, continuando a mexer. Tapar com pelicula de cozinha colocado mesmo por cima do creme para não criar "nata" por cima e deixar arrefecer.
Desenformar o bolo ainda morno, deixar arrefecer completamente sobre uma grelha, cortar ao meio e rechear com o creme.
Polvilhar a superfície do bolo com açúcar.
Já devem ter percebido que eu não sou muito de fazer bolachas, mas desde que vi esta receita e este video que estas bolachas me ficaram na cabeça dia após dia.
Tirando os nomes mais sonantes, não sou muito conhecedora dos cozinheiros mais ou menos famosos que existem por esse mundo fora, só agora tenho vindo a conhecê-los através de outros blogs e neste momento há pelo menos três cujas receitas vou experimentando, um deles é o Mark Bittman, dos outros falarei mais tarde.
Esta é uma das suas receitas bem simples que nos cativam à primeira, e posso dizer que o D. ao chegar do treino em vez de se sentar para jantar foi directo ao tabuleiro do forno e antes de provar já ia dizendo: Gosto disto!
O problema é que uma fornada desaparece enquanto o diabo esfrega um olho e para a próxima tenho que duplicar a dose.
Depois de provar as bolachas e de ver outras receitas deste senhor percebi porque lhe chamam "The Minimalist".
Crackers de Parmesão e Manchego
Ingredientes:
Preparação:
Misturar a farinha, o sal, os orégãos, a manteiga e os queijos até formar uma massa areada tipo farofa, juntar as natas e fazer uma bola com a massa que se leva ao frio por cerca de 30 minutos.
Estender a massa bem fina, cortar com um corta bolachas e levar ao forno sobre papel vegetal durante cerca de 8 a 10 minutos.
Notas: Para simplificar, estendi a massa logo sobre o papel vegetal.
Fiz estas bolachas para acompanhar o café, mas comem-se bem de todas as maneiras, com sopa, com um copo de vinho, ou até sem nada. Dá para imaginar o quanto viciada fiquei com estas bolachas?
Já agora vejam o video cujo link está acima, eu adorei!
Há blogs com os quais nos cruzamos que nos ficam de imediato na memória, daqueles que queremos fazer todas as receitas, é o caso do Anice & Cannella, um blog italiano que descobri recentemente com óptimas receitas e uma fotografia fantástica.
Das muitas delícias que por lá se encontram, não consegui resistir a este aperitivo à base de Azeitonas.
Azeitonas em Crosta
Ingredientes:
Preparação:
Mistura-se a farinha com a manteiga, adiciona-se o queijo e a água fria para ligar, guarda-se a massa no frigorifico por meia hora, (eu coloquei no congelador por 15 minutos).
Estende-se a massa com a ajuda do rolo da massa sobre uma superfície enfarinhada (eu estendi entre duas películas de film de cozinha sem a farinha) e cortam-se pequenas rodinhas, utilizei uma chávena de café para o fazer.
Coloca-se uma azeitona bem seca sobre um pedacinho de massa e fecha-se. Procede-se de igual forma até esgotar a massa e as azeitonas. Vai de novo ao frio no mínimo 2 horas, ou durante uma tarde, para os bolinhos não perderem a forma ao cozer (em vez disso eu voltei a colocar no congelador por cerca de 40 minutos).
Vai ao forno quente a 170º, ventilado, durante cerca de 10 minutos ou até estarem douradinhos.
Serve-se como aperitivo e eu adorei, quer morno, quer frio.
Nota: Pode usar o tipo de azeitona que mais gostar, eu usei verdes recheadas de amêndoa, mas podem ser outras recheadas ou não.
Quanto ao queijo, usei parmesão fresco ralado em casa, no entanto creio que ficará muito bem com o nosso riquissímo queijo da ilha ralado.
O queijo tem que ser ralado muito fino, senão não vai conseguir estender a massa, o queijo ralado de compra não serve, à excepção do parmesão.