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Chegou o calor e com ele a vontade de cirandar por aí, fazer caminhadas, dar um salto à praia ou dar apenas uma volta pelo jardim.
Aproveitar o bom tempo para actividades ao ar livre é uma forma de aliviar o stress do dia a dia e meio caminho andado para um estilo de vida mais saudável.
E por falar em saudável, este mês foi lançado um novo produto que o vai ajudar a ter uma alimentação mais saudável e o Tertúlia de Sabores foi convidado a experimentá-lo.
Chama-se Bonsalt e é um substituto do sal. Feito à base de cloreto de potássio, mantendo as características do sal marinho no que diz respeito ao sabor, mas não tem os seus efeitos nocivos quando consumido em excesso.
Pode ser consumido por qualquer pessoa, no entanto torna-se um benefício para as pessoas hipertensas, que habitualmente têm que consumir todos os seus alimentos completamente insossos, graças a ele é possível manter o sabor do sal na comida sem prejudicar a saúde, no entanto e porque há que ser cauteloso, se tiver problemas de saúde, deve aconselhar-se com o seu médico, que lhe dirá se pode ou não consumir este tipo de sal à base de cloreto de potássio.
Na minha opinião, é perfeito para saladas, uma vez que o seu aspecto é o de um vulgar sal de mesa refinado, contudo, torna-se mais difícil de dosear quando para temperar comida de tacho, no entanto nada que não se consiga superar com o tempo. Em Portugal o produto está à venda apenas em farmácias e parafarmácias.
Para experimentar o Bonsalt resolvi fazer estes bolinhos, óptimos para levar na lancheira para o trabalho ou para um picnic com os amigos.
Bolinhos de Atum, Milho e Azeitonas
Ingredientes:
Preparação:
Ligar o forno a 180º.
Bater os ovos ligeiramente, juntar o leite e o azeite.
Adicionar a farinha, o sal, os orégãos e o fermento.
Por fim juntar o atum, o milho e as azeitonas e envolver na massa com uma colher de pau.
Levar ao forno em formas untadas e enfarinhadas, ou em forminhas de papel durante cerca de 25 minutos.
Consumir simples ou acompanhados por uma salada verde.
O tempo passa depressa, já passaram quinze dias e chegámos de novo a sexta-feira, dia de Dorie às Sextas, o desafio desta quinzena eram uns queques de milho do livro Baking, desta vez não fiz grandes alterações, mas para além da versão original experimentei duas variantes, ambas saborosas, no entanto, uma delas fez-me viajar no tempo até à minha infância.
Tal como o Ego no filme Ratatui o meu pensamento voou a um tempo distante, tão distante que nem eu sabia que tinha recordações, ou memórias dessa idade.
Uma pingarelha de seis andava atrás das saias da minha avó, que, de lenço na cabeça e com o seu avental branco às riscas verdes, desbotado mas engomado a preceito, cozinhava o que irira ser o almoço.
Numa tigela a cebola e a salsa picadas com paciência e lágrimas, que as cebolas sempre foram bravas, noutra meia dúzia de ovos das galinhas que alimentava com couves migadas e grãos de milho.
Os ovos das galinhas da minha avó às vezes tinham duas gemas amarelinhas como o sol, que ele guardava para a menina.
A avó pegou num garfo e começou a bater os ovos, sem pressas, que os tempos eram outros, depois, juntava uma pinga de leite, dizia, que ficavam mais gostosos.
Retirava a frigideira de ferro de dentro de um armário cor de ferrugem que fazia parte da mesa da cozinha e colocava-a ao lume, esse armário também servia para me esconder quando queria estar apenas no meu mundo e só de lá saía quando ouvia a minha avó já asustada por não me encontrar, não me consigo recordar dos passos seguintes, a memória é traiçoeira e há coisas que nos fogem, mas deles surgia um pastelão amarelinho salpicado de verde que alimentava pelo menos quatro bocas, tinha o sabor dos pastelões que só a minha avó sabia fazer e ainda hoje alimenta as minhas memórias.
A variante dos queques da Dorie que levaram cebola e salsa tinham a essência do sabor dos pastelões da minha avó, sabor a saudade, não é preciso dizer porque gostei tanto deles, pois não?
Espero que gostem tanto deles como eu.
Entretanto, e até dia 28 de Janeiro, está a decorrer a votação para apurar os melhores blogs do ano de 2011, promovido pelo Aventar, não se esqueçam de passar por lá para votar nos vossos blogs preferidos. O Tertúlia de Sabores, como é óbvio, está na categoria de Culinária.
Mas as novidades não acabam por aqui, no próximo sábado, na TVI 24, às 23 horas, no programa Combate de Blogs, o Tertúlia de Sabores e o No Soup For You estarão numa pequenina reportagem. Não percam!
Queques de Milho Salgados
Receita original do Livro Baking: From My Home to Yours da Dorie Greespan
Ingredientes:
Preparação:
Utilizei uma chávena com a capacidade de 200 ml
Começar por colocar numa chávena uma colher de sopa de sumo de limão e acabar de encher com leite para fazer o buttermilk. Ao fim de 10 minutos vão notar que o leite coalhou e ficou idêntico a um iogurte pouco espesso e de aspecto esfarrapado, está pronto a ser usado.
Numa taça misturar todos os elementos sólidos excepto o milho.
Noutra taça colocar o ovo e a gema e bater ligeiramente, adicionar o azeite, a margarina e o buttermilk
Adicionar os líquidos aos sólidos mexendo com uma vara de arames, juntar o milho, colocar em forminhas untadas e enfarinhadas e levar ao forno aquecido a 200º C entre 10 a 15 minutos ou até estarem dourados por cima e ao introduzir um palito no centro ele saia seco.
1ª Variante
Adicionar a metade da massa 2 colheres de sopa de salsa picada e uma cebola pequena picadinha. Esta foi a minha versão preferida, a repetir muitas vezes.
2ª variante
Adicionar a metade da massa queijo de cabra aos cubinhos.
Outras variantes possíveis mas ainda não testadas:
Notas:
Em relação à receita original omiti as seis colheres de açúcar pois pessoalmente acho que não acrescentam nada à receita.
Estes queques podem ser congelados e posteriormente aquecidos.
Podem usar farinha de milho branca pois o sabor do milho fica lá e só altera na cor.
Em vez de um ovo grande e uma gema podem usar dois ovos pequenos.
A dica para substituir o buttermilk veio do blog Chucrute com Salsicha.
A palavra portuguesa para buttermilk é leitelho, mas confesso que nunca tinha ouvido falar em tal coisa.
Mais do mesmo, ou talvez não, é mais uma salada sim senhor, mas não é uma salada qualquer, é uma harmoniosa combinação de sabores que se eu não experimentasse nunca saberia o que estava a perder.
Claro que parece uma mistura arrojada, mas só a combinação da melancia com os coentros já é perfeita, não acreditam?
Experimentem é só o que posso dizer-vos.
Salada de Milho e Melancia
Ingredientes:
Preparação:
Retiram-se as sementes à melancia e corta-se aos cubos.
Misturam-se os restantes ingredientes e temperam-se com sal e pimenta moída no momento e o vinagre.
Nota: Não coloquei sal e gostei assim. Na receita original o milho é assado, mas hoje usei de lata que era o que tinha.
Usei vinagre de arroz (o mesmo que se usa para o sushi) mas acho que se pode usar qualquer vinagre que não seja forte, como o de cidra.
Apesar desta salada ter sido a minha refeição assim simples, acho que ligará na perfeição com carne grelhada.
Fonte: Paula Deen
Em Agosto os nossos fins de semana são uma espécie de extensão das férias, sexta-feira à noite partimos e juntamos-nos aos amigos que estão de férias e assim, as semanas que neste Agosto têm sido bem quentes custam menos a passar com a perspectiva de um fim de semana em tão boa companhia.
Este fim de semana rumamos a uma pequena aldeia no meio das serras entre Vila de Rei e a Sertã, houve tempo para passeios e como já é hábito uns mergulhos nos rios e ribeiros da região. E que bela é a vida no campo...
Também houve tempo para comidinhas boas e coisas tão simples como umas maçarocas de milho assadas nas brasas que me fizeram viajar no tempo até casa de minha tia, já falecida há muito, que apanhava as maçarocas à vinda da rega da horta e as punha a grelhar junto às brasas do fogão para as minhas delícias, que sendo na altura pouco amiga de comida, comia duas ou três espigas de seguida com a satisfação de quem tinha uma fome devoradora.
Como receita claro que não tem história nem segredos, mas para quem quiser experimentar basta acender umas brasas com carvão, descascar as espigas de milho verde, colocá-las em cima da grelha e deixar alourar por todos os lados.
Podem ser barradas com manteiga, muito pouca, embora eu as prefira assim simples.
Não levam sal nenhum e são um óptimo acompanhamento para a bela costeleta grelhada ou outra carne a gosto.
Nota: Para escolher o milho as barbas devem ter um tom dourado não muito escuro, se as barbas estiverem castanho muito escuro o milho já estará mais rijo, dá ainda para cozer mas já não dá para grelhar.
De volta ao século XXI, é tempo de vos contar o que andei a fazer nestes dias de sol em que deixei o blog e fui descansar e comemorar o meu aniversário de casamento.
Turistas Holandeses em Idanha-a-Velha Natural de Idanha com um ramo de malvas
Nos Céus de Idanha
A primeira paragem foi em Idanha-a-Velha, povoação repleta de história que nos transporta a épocas bastante remotas.
Para além de vestígios da pré-história, por lá passaram, Celtas, Romanos, Suevos, Visigodos e Árabes.
Os Romanos começaram por chamar-lhe Civitas Igaeditanorum, evoluindo para Igeditanea, à época foi uma cidade de enorme importância na ligação entre a Guarda e Mérida estando na rota da Via de Prata que ligava Bracara Augusta (Braga) a Emérita Augusta (Mérida).
As suas muralhas devem ter sido construídas entre os séculos III e IV, quando das Invasões Bárbaras.
A seguir aos Romanos vieram os Suevos e os Visigodos, e também os árabes que sob o comando do Tarik Ibn-Ziad conquistaram grande parte da Península Ibérica, e que lhe deixaram de herança a origem do nome Eydaiá ou Idania.
D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal conquistou-a aos Árabes por volta de 1165, tendo-a entregue a D. Gualdim Pais 6º Mestre da Ordem dos Templários.
A sua Torre de Menagem foi construída por volta de 1197, altura em que D. Sancho I confirmou a doação de Idanha, feita por seu pai à Ordem dos Templários.
Passados séculos Idanha a Velha perdeu a posição dominante que tinha, mas continua a transbordar história em todos os vestígios deixados, em cada pedra, em cada rua, em cada esquina, é por tudo isso e ainda pelos magníficos passeios pedestres que pode fazer, que se justifica uma visita demorada a Idanha a Velha e arredores, mas desses falarei mais tarde.
O dia estava lindo e quente, por isso aproveitamos as sombras à beira do rio Ponsul para fazer um piquenique e comer uma salada de arroz de inspiração italiana, desfrutando da calma que por aquelas paragens se faz sentir.
Salada de Arroz
Ingredientes:
Preparação:
Misturam-se todos os ingredientes, tempera-se com azeite e vinagre e leva-se ao frio para refrescar.
Notas:Os dados históricos aqui relatados, são resultado da compilação e leitura de várias páginas encontradas na net sobre Idanha-a-Velha, não posso por isso comprovar a sua veracidade histórica. Mas por tudo o que vi, não tenho dúvidas que Idanha-a-Velha foi outrora uma localidade muito importante, não deixem por isso de a visitar.