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A pedido de uma leitora muito querida a sobremesa de hoje é especial porque foi feita a pensar nos diabéticos.
A diabetes é uma doença incurável que afecta grande parte da população mundial e que tem que ser controlada dia a dia através de uma alimentação saudável e adequada, exercício físico e por vezes com recurso a medicamentos.
Depois de uma breve pesquisa que não deu em nada porque na net encontra-se informação tão distinta que é necessário conhecimento para a saber filtrar, optei por consultar uma amiga internauta que é nutricionista e que se prontificou a esclarecer-me. Obrigada Ana!
Assim percebi que nem tudo está interdito aos diabéticos e que o seu maior cuidado deverá ser no consumo de açúcares, e por açúcares entenda-se não só o açúcar refinado, o açúcar amarelo ou o integral, mas também o mel, a frutose e os hidratos de carbono que acabam por se transformar em açúcar que é assimilado pelo nosso organismo. Parece-me que é tudo uma questão de equilíbrio e tal como numa alimentação equilibrada os doces devem ser guardados para ocasiões especiais.
Assim, hoje trago-vos uma versão integral, aprovada pelo menos cá em casa, de um dos mais emblemáticos doces franceses, o Clafoutis, cada ano que passa descubro uma nova versão para experimentar, esta é a versão do famoso Christophe Felder, que está no blog da Elvira e que foi adaptada para quem não pode consumir açúcares.
Clafoutis
Ingredientes:
Preparação:
Pré-aquecer o forno a 180ºC. Untar uma forma redonda ou uma assadeira com margarina e polvilhar ligeiramente com adoçante. Reservar.
Misturar muito bem o adoçante com a farinha de trigo integral e as amêndoas finamente moídas numa tigela grande. Juntar os ovos e a gema previamente batidos. Adicionar as natas e bater com uma vara de arames até a massa ficar ligada e homogénea. A massa fica com a consistência de uma massa de crepes.
Espalhar as cerejas com caroço pela forma. Verter a massa sobre as cerejas e levar ao forno por 15-20 minutos, ou até se apresentar ligeiramente dourado. Servir morno ou frio, na própria forma.
Usei uma forma com cerca de 20 cm de diametro.
Notas: A alterações que fiz à receita original para a adaptar a um diabético estão entre parêntesis. A textura final é ligeiramente mais densa que a do doce original, mas igualmente boa, no caso de as cerejas serem muito doces pode reduzir mais no açúcar ou no adoçante, passando de 100 g de açúcar para 75 g e as 10 g de adoçante para 7,5 g
A cereja é uma das frutas pela qual tenho uma relação de amor incontornável, gosto delas ao natural, em doces, em compotas e também em sobremesas. E gosto de todas as variedades de cerejas que provei até hoje, embora tenha um fraquinho por cereja branca, como por nehuma outra, mas essas por cá nunca aparecem e a viagem é longa para as ir buscar.
Quem as conhece, sabe do que falo, quem nunca as viu fica a foto como garantia da sua existência, estas já estão maduras.