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Os dias nem sempre correm como esperamos, há dias em que parece que o universo se juntou para conspirar contra nós, acontece que sendo eu uma pessoa optimista tento sempre contrariar o destino, que para mim, e salvo muito raras excepções, está quase sempre nas nossas mãos e nas escolhas que fazemos.
Sexta-feira foi para mim um desses dias em que me arrastei ao longo das horas com um enorme desanimo, quando isso acontece o melhor é tentar salvar o dia, nem que seja com um molho de espargos e uma belíssima sugestão do blog En Guete.
Estava cansada e por isso não quis arriscar no molho holandês que exige alguns cuidados tendo-o substituído por uma maionese de laranja que casou na perfeição com os espargos, quanto ao resto confesso que na altura não li a receita, fiquei fascinada pela foto e o que acabou por sair foi uma coisa ainda mais simples que a sugestão da Kako que só hoje ao ler a receita percebi que também levava queijo e presunto.
Espargos com Maionese de Laranja
Ingredientes:
Preparação:
Lavar os espargos e cortar cerca de 4 a 5 cm da base que se reserva para outra receita.
Colocar um tacho ao lume com água, quando estiver a ferver colocar os espargos e temperar com sal deixar levantar fervura, contar 5 minutos e desligar, passando de imediato os espargos por água fria para parar a cozedura.
Deixar arrefecer enquanto se prepara a massa folhada.
Cortar um círculo de massa e dividi-la, primeiro ao meio, depois em quatro e seguidamente em oito triângulos.
Enrolar cada um dos espargos num triângulo de massa, pincelar com gema de ovo e polvilhar com sementes de sésamo, levar ao forno quente (180º) apenas o tempo suficiente para cozer a massa e dourar o ovo.
Servir com maionese de laranja e polvilhado com um pouco de raspa de laranja.
Maionese de Laranja
Ingredientes:
Preparação:
Misturar a maionese com a raspa e o sumo de laranja e reservar no frio até à altura de servir.
Questões pertinentes:
Porque é que os espargos que se vendem por aí vêm do Peru, será que não se produzem espargos em Portugal?
Ainda por cima Espanha está aqui mesmo ao lado, produz espargos de qualidade, será que os que vêm do Peru conseguem ser mais acessíveis?
Há coisas que eu não consigo entender...
Os meus jantares do dia a dia, são simples, raramente têm sopa e muito menos entradas, no entanto o prato principal tem obrigatoriamente legumes ou saladas a acompanhar, no final há sempre fruta e as sobremesas doces estão reservadas apenas para jantares com amigos ou ocasiões especiais, tal como as entradas.
No entanto a receita que vos trago hoje, exerceu sobre mim um tal fascínio que tive de a fazer só para nós, transformando uma refeição normal da semana, numa refeição especial.
A Primavera chegou à minha mesa vinda do extraordinário Gastronomia e Cia, com esta receita que praticamente não deu trabalho nenhum a confeccionar, apesar das alterações que sofreu por falta de dois ou três dos ingredientes usados na receita original, adorei a mistura de sabores, espero que gostem tanto como eu.
Espargos de Navarra com Morangos e Abacate (para 2 pessoas)
Ingredientes:
Preparação:
Lavar os morangos, secá-los e cortá-los em cubos.
Picar a cebola, adicioná-la aos morangos, temperar com sal e pimenta, azeite e vinagre, mexer bem e reservar.
Entretanto cortar as azeitonas. Secar os espargos com papel de cozinha e colocá-los no prato de servir, cortar o abacate em lâminas e colocá-las ao lado dos espargos.
Colocar os morangos temperados por cima dos espargos, as azeitonas e as lascas de queijo. Regar com um fio de azeite e servir.
Notas:Usei o queijo italiano Gran Padano, mas para a próxima usarei um manchego, decerto ficará melhor.
A receita original usa um sal de rosas, alecrim e laranja que ainda não tive oportunidade de fazer mas que está para breve.
Usei azeitonas recheadas com amêndoas, porque não tinha as azeitonas pretas usadas na receita original.
Verde, é a palavra usada para definir a cor verde em português, espanhol e italiano, em francês e catalão a grafia é idêntica, vert e verd.
Mas noutras línguas ela apresenta grafias bem diferentes como, green em inglês, grün e grön em alemão e sueco, grøn, grønn, groen em dinamarquês, norueguês e holandês.
Quando seguimos para outras paragens a grafia vai-se modificando de tal forma que já não se consegue detectar qualquer semelhança com as grafias a que nos habituamos, zelený em checo, zelen em croata, zöld em húngaro, zielony em polaco, yeşil em turco e por aí fora.
Não sei como se diz verde em basco, não encontrei tradutor, mas fiquei com alguma curiosidade, se alguém souber faça o favor de me informar.
Mas apesar das diferentes grafias elas têm uma coisa em comum significam verde e é isso que hoje se celebra, mais um dia da cor pensado pela Mary, e o lema é: Vamos Cozinhar o Arco-Íris e entramos na nossa terceira cor - VERDE
Segundo o Feng Shui verde é Primavera, representa crescimento, desenvolvimento, natureza e saúde.
E porque as frutas e os vegetais são fundamentais para a saúde, hoje o menu foi maioritariamente verde, e teve como convidados principais uns espargos, verdes, cozinhados da forma mais simples possível para realçar o seu sabor, e umas anonas.
Espargos Salteados
Ingredientes:
Preparação:
Cozer os espargos em água e muito pouco sal. Normalmente corto-os ao meio e com os pés faço uma omeleta de espargos com bacon.
Levar uma frigideira a lume forte com um fio de azeite, colocar as pontas dos espargos e deixar cozinhar uns 5 minutos temperar com o sal aromatizado com ervas de Provence moído no momento, servir quente como acompanhamento. Este sal costuma estar à venda nas lojas LIDL, mas para quem não o tenha pode substituir por pimenta moída no momento e uma colher de café de ervas de Provence ou outras a gosto, como alecrim, manjericão, orégãos, salsa e cebolinho, entre outros, tudo verde, claro! ...
Acompanhamos com uma omeleta feita com umas sobras de gambas, na proporção de uma gamba picada por cada ovo.
Para terminar a refeição, anonas, uma das frutas tropicais que faz as delícias do meu marido. Por cá chamam-lhe simplesmente anona cultiva-se na Ilha da Madeira e o seu preço começa a ser mais acessível, no entanto ainda não é uma fruta muito procurada em Portugal.
Existem imensas espécies de anonas, que também são conhecidas por nomes tão diferentes como fruta do conde, graviola ou fruta pinha entre outros, apresentando também diferentes aspectos exteriores consoante a espécie. A sua polpa é macia e açucarada e apresenta imensas sementes pretas, o seu sabor é suave, mas o melhor é provar e deliciar-se.