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O quintal da minha mãe é um pequeno oásis à beira da cidade onde a passarada se reúne para comer e beber. Eu diria que por lá se fazem verdadeiros banquetes porque ou estamos atentos ou quando a fruta amadurece já tem uma bela colecção de bicadas.
As Physalis do quintal da minha mãe são ligeiramente ácidas, as doces comem-nas os pássaros, e para que não desapareçam todas no festim da passarada, ela vai apanhando uma aqui, outra ali e vai congelando. Quando tem um saquinho delas manda para minha casa, que eu é que sou a mulher das compotas.
Compota de Physalis e Vinho Moscatel
Ingredientes:
Preparação:
Colocar todos os ingredientes mexer, esmagar algumas das frutas e deixar macerar por 1 hora,
Levar o tacho ao lume deixar levantar fervura, baixar o lume e deixar cozinhar por 15 a 20 minutos mexendo de quando em vez para não pegar ao fundo.
Coloque em frascos esterilizados e quentes, tape de imediato e deixe arrefecer.
Esta compota fica bem com Torradas, misturada no iogurte natural não açucarado e com queijos, frescos ou de cura média.
Para me desculpar por esta ausência tão prolongada (desde Dezembro que não passava por cá) convido-vos para um lanche virtual.
O meu tempo passou a estar ocupado de outra forma. Deixei de dar atenção ao meu blog e as visitas a blogs que sempre acompanhei são agora fugazes.
O facto de ter ficado desempregada é um dos motivos pelo qual me desliguei de tanta coisa que gosto. A vida tem dado muitas voltas, tantas que às vezes parece que anda de patas para o ar, mas não se preocupem que está tudo bem.
Ando a aprender espanhol, porque gosto e na esperança que isso possa ser uma mais valia na busca de emprego, não tem sido fácil, mas eu não sou pessoa de desistir por isso o caminho é em frente. No entretanto e através do Centro de Emprego fui colocada num organismo do Estado com um contrato de inserção, não deixo de estar desempregada, mas continuo na vida activa o que faz com que o meu tempo esteja completamente preenchido.
Mas vamos ao que interessa, que eu sei que desse lado devem estar ansiosos por uma receita nova.
Compota de Arandos com Triple Sec
Ingredientes:
Preparação:
Lave os arandos e coloque-os num tacho com todos os ingredientes, leve ao lume e deixe cozinhar até estar no ponto.
Sirva com tostas, com queijo ou se quiser pode comer à colher, mas com moderação, claro!.
Também é excelente para acompanhar um magret de pato.
Notas sobre os arandos:
Os arandos vermelhos têm muita pectina, se não juntarem nenhum líquido, a compota vai ficar com uma consistência gelatinosa.
Isto está muito bom!
Foram as palavras que acompanhadas de um sorriso definiram este creme de castanha com casca de laranja.
A inspiração para este doce vem de outras paragens, mais precisamente de uma aldeia muito pequena, cujo nome não me lembro, nos arredores de St. Lary no coração dos Pirinéus Franceses. Duma pequena quinta com venda de produtos artesanais trouxe há alguns anos uma compota de castanha com casca de laranja que me ficou na memória. Por cá procurei algo igual ou parecido, mas sem sucesso, pelo que resolvi experimentar recriá-la com as memórias que me deixou.
Esta é a receita escolhida para comemorar o 9º aniversário do Blog, bem como para participar no ingrediente do mês promovido pela Marta.
Compota de Castanha e Casca de Laranja
Ingredientes:
Preparação:
Coloque o sumo, a casca de laranja e o açúcar num tacho e leve ao lume. Deixe ferver por 5 minutos em lume brando.
Esmague as castanhas com um garfo, ou se preferir um puré liso passe-as pelo passe-vite, ou triture num robot de cozinha.
Adicione o puré de castanha à calda de açúcar e deixe cozinhar por 15 a 20 minutos mexendo sempre para não pegar. Caso prefira uma compota menos espessa, adicione umas colherzinhas de água, mas pouco de cada vez.
Coloque em frascos esterilizados e quentes, tape e guarde no frigorífico depois de arrefecer. Como o teor de açúcar é baixo, esta compota não se conserva muito tempo, mas se fizer em maior quantidade pode sempre congelar um pouco.
Notas:
Como cozer as castanhas?
Eu faço assim:
Primeiro lavam-se para retirar impurezas e por vezes alguma terra.
Depois com uma faca corta-se a casca que tem uma cor diferente no topo da castanha e colocam-se num tacho com água fria uma colher de chá de canela em pó e outra de erva doce também em pó.
Vai ao lume e deixam-se cozinhar por mais ou menos 20 minutos.
O que fazer com compota ou creme de castanha?
Eu gosto dele nas torradas de pão de centeio, mas também pode ser usado para rechear, azevias, bolos ou tortas. Melhor que tudo é que dá para comer à colher e acreditem que é difícil parar.
Ah! E desconfio, que também deve dar para fazer bombons, mas isso é uma coisa que ainda vamos ter que experimentar.
Dizem que as conversas são como as cerejas, encadeiam-se umas nas outras de tal forma que é difícil parar.
O mesmo se passa por aqui com as receitas de cerejas, que, este ano têm aparecido em abundância e a um preço convidativo por aqui.
Já congelei algumas para fazer clafoutis nos próximos meses, já fiz licor e hoje trago-vos mais uma receita retirada do Palachinka.
Desta vez a receita original sofreu algumas alterações, uma delas devido ao elevado custro das ginjas que só encontrei a 9,99 € e que por isso me recusei a comprá-las.
Cerejas em Calda de Vinho do Porto
Ingredientes:
Preparação:
Colocar as cerejas lavadas e sem os pés num tacho, cobrir com o açúcar, juntar as especiarias, regar com o vinho do Porto e levar ao lume.
Quando começar a ferver, colocar no mínimo e deixar cozinhar cerca de 10 minutos.
Retirar com cuidado as cerejas para um frasco e deixar ferver a calda até reduzir para metade e ficar com a consistência de um xarope.
Verter a calda sobre as cerejas e tapar o frasco, deixar arrefecer e guardar no frio. Consumir no prazo de uma semana.
São boas simples, ou a acompanhar um gelado de baunilha ou de natas polvilhado com canela. E se calhar também não devem ficar mal com um pão de ló de chocolate.
Nota: Conforme mencionei acima congelei cerejas, passo a explicar como faço. As cerejas são congeladas conforme vêm da loja, quando as vou usar, retiro do saco a quantidade que preciso, passo-as por água, escorro muito bem e coloco no pirex onde vou fazer o clafoutis, vertendo a massa por cima e levando de imediato ao forno. Se as deixar decongelar totalmente ficarão moles e sem graça. Se as provar meio descongeladas vai ver que conservam todo o seu sabor.
Há frutas que só aparecem uma vez por ano e por isso temos que as aproveitar ao máximo, é o caso dos figos.
Cá em casa, os últimos figos acabam sempre no tacho, para mais tarde recordar os sabores de Verão e não imaginam como este doce liga bem com queijos.
Doce de Figo com Laranja e Vinho do Porto
Ingredientes:
Preparação:
Lave os figos, seque-os com papel absorvente e corte-os às rodelas ou aos quartos.
Coloque-os num tacho com o açúcar, o vinho do porto e o sumo de laranja.
Quando levantar fervura, baixe o lume e deixe cozinhar lentamente, mexendo de vez em quando para não pegar até ter a consistência desejada.
Coloque em frascos previamente aquecidos com água quente e bem secos.
Tape os frascos e vire-os ao contrário durante cerca de uma hora.
Este doce liga muito bem com queijos frescos, com queijo de cabra curado ou com chèvre, com camembert e também com brie.