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o verão no prato

por Moira, em 29.08.12

Por aqui continuamos a tentar perpétuar o Verão no prato, por isso trago-vos mais uma salada, simples, fresca e deliciosa.

Esta foi inspirada numa salada de truta fumada com laranja do Gordon Ramsay do seu livro Apetite Saudável

Salada de Frango com Laranja e Rúcula

Ingredientes:

  • 1 peito de frango (cozido, frito ou assado)
  • 1 laranja
  • 1 bom punhado de rúcula
  • flor de sal q.b. da Casa do Sal da Figueira da Foz
  • mistura de 3 pimentas (moída no momento) q.b.
  • azeite q.b.

Preparação:

Desfiar o frango e reservar.

Descascar a laranja e cortar os gomos sem a pele branca, aproveitando o sumo.

Numa taça colocar a rúcula e temperar com a flor de sal, dispôr por cima o frango desfiado e a laranja, temperar com a pimenta, o sumo de laranja que escorreu ao cortar a laranja e o azeite. Servir de imediato.

Nota: pode ser confeccionado com sobras de frango assado

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publicado às 00:05

Omelete ou Tortilha ?

por Moira, em 25.01.11

Se alguém me dá ovos eu não faço omeletes, faço tortilhas que é bem mais fácil.

Tenho que confessar aqui que não sei fazer uma omelete, eu bem que tento, mas no final a coisa não fica com aspecto nem de omelete e muito menos de ovos mexidos.

Já me explicaram vezes sem conta como deve estar o lume, o jeitinho para dar a volta, até já vi o video da Julia Child, mas sinceramente, acho que ela também não tinha muito jeito...

Eu não consigo fazer omeletes e por isso faço tortilhas, que mais dá?

O sabor está lá todo, só não leva dobras nenhumas.

Desta vez fiz uma tortilha de sobras, baseada numa conversa com a minha comadre que esteve por cá num destes fins de semana e me falou de uns ovos mexidos com espinafres e alheira ou farinheira, que eu rapidamente transformei numa tortilha para não ficar mal vista com o meu habitual mau jeito para cozinhar ovos.

Tortilha de Espinafres, Alheira e Pinhões

Ingredientes:

  • 4 ovos
  • 2 a 3 colheres de sopa de espinafres cozidos
  • meia alheira grelhada e esfarelada
  • 1 colher de sopa mal cheia de pinhões
  • 1 fio de azeite

Preparação:

Bater os ovos com uma pitada de sal

Aquecer a frigideira anti-aderente com um fio de azeite, deitar metade dos ovos batidos, colocar por cima montinhos de espinafres, a alheira esfarelada e os pinhões, adicionar os restantes ovos e deixar cozinhar com uma tampa por cima por uns 10 minutos em lume brando.

Entretanto deixar deslizar a tortilha para um prato, colocar a frigideira por cima do prato para a virar e voltar a levar ao lume para cozinhar mais 5 a 10 minutos do outro lado.

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publicado às 17:27

Projecto Reciclar

por Moira, em 09.12.10

 

O desafio do Delícias e Talentos que está a decorrer até ao dia 11 de Dezembro propõe-nos Reciclar na Cozinha, nome bonito para aquilo a que habitualmente chamo aproveitamento de sobras e a que tenho uma Tag dedicada no blog.

Conheço muito boa gente, alguma até menos abonada que não gosta de comer o que quase sempre resta de uma ou outra refeição, boquinhas finas como diria a minha avó, mas se essas sobras forem reaproveitadas em pratos completamente distintos do original, provavelmente comem e nem dão por isso.

Cá por casa já é usual reaproveitar-se tudo, e só mesmo por um descuido inaceitável alguma coisa irá parar ao lixo, mas nem sempre foi assim, como se costuma dizer, a vida ensina-nos muita coisa e eu aprendi, não propriamente à minha custa, mas por vicissitudes do destino,  a fazer esticar o que havia na carteira.

A crise por que passamos neste momento não é novidade para muitas famílias, ou pelo menos não é para a minha, tempos houve em que uma sopa alegrava o jantar, ou uma jardineira podia dar para muitos acrescentando mais batata, cenoura ou ervilhas.

Andando ainda mais para trás no tempo, a minha avó falava muitas vezes que uma sardinha dava para dois ou para três. Claro que não é isso que se pretende, e para aqueles que me lêem, que neste momento têm acesso à net, considerem-se uns priveligiados, muitos há que dormem na rua, vivem da caridade dos amigos e vizinhos, passam frio e fome, e acreditem que não são esses que têm acesso ao rendimento mínimo, mas como este não é o blog correcto para fazer crítica social voltemos ao assunto da reciclagem na cozinha.

Reciclar é reaproveitar, é usar um ou mais elementos, transformando-os e apresentando-os como novos. Difícil? Claro que não, na cozinha é muito fácil reciclar, por exemplo:

  • Se sobrarem legumes cozidos eles podem ser de novo servidos, salteados em azeite e alho, em puré, num soufflé, em pequenas empadas, numa quiche, num "cake" salgado, ou na sua forma mais básica triturados numa sopa.
  • Se falarmos de carne ou de peixe é exactamente a mesma coisa, podemos fazer rissóis, croquetes, empadas, quiches, empadões, sandwiches e estou a lembrar-me de um dos mais emblemáticos pratos de época natalícia em casa da minha mãe e também da minha sogra, a Roupa Velha, que é confeccionado com as sobras de bacalhau, couves e batatas que sobram do jantar da Noite de Consoada.
  • Se as sobras forem de pão, podemos fazer pão ralado, migas, açordas, pudins, bolos, quem não se lembra do famoso pudim de pão ou do bolo de pão ralado, e até dos falsos ovos moles feitos com sobras de miolo de pão.
  • Com a fruta que amadureceu de repente, podemos fazer compotas, gelados, batidos e molhos.

Como vêem é muito fácil reciclar na cozinha, mas para quem tem em casa "boquinhas finas" quando lhe perguntarem o que é o jantar? Nunca, mas nunca respondam que é o resto do almoço, ou o resto do jantar do dia anterior, transformem primeiro e apresentem algo novo.

Mas a importância da reciclagem, não pode ser vista como uma obrigação em tempos de crise, ela tem que ser encarada como um gesto natural do dia a dia, de todos os dias, uma forma de estar na vida. Sei que para muitos será difícil pois já nasceram numa sociedade cada vez mais consumista e têm hábitos há muito enraízados e difíceis de ultrapassar, por isso o meu conselho é que vejam isto como uma escolha, uma opção  saudável e vão ver que para além de pouparem uns tostões ao fim do mês vão sentir-se muito melhor como pessoas.

 

A receita de hoje é feita com sobras de Cozido à Portuguesa, comida que raramente faço em casa, isto porque para ser bem feito dá algum trabalho e também porque tenho um restaurante a 100m de casa que o faz na perfeição. Acontece que as doses deles são grandes, pelo menos para mim e sobra sempre imenso Cozido que em vez de ir para o lixo eu peço para levar para casa. Vergonha? Não tenho nenhuma e digo-vos que eles estão mais que habituados pois eu não sou a única a fazê-lo. É assim, que há uns fins de semana atrás eu vim para casa com os meus restos de Cozido, e como para mim Cozido requentado não tem muita graça acabo sempre a fazer algo diferente com ele, desta vez foi um arroz de forno que preencheu a nossa barriga e serviu para estrear o mini alguidar de barro que a Mª José tão simpaticamente me ofereceu, passemos então à receita.

Arroz de Forno com sobras de Cozido à Portuguesa

Ingredientes:

  • Restos de cozido: carne de vaca, galinha, couves, cenoura e chouriço.
  • 1 chávena de arroz
  • 1 cebola picada
  • 1 dente de alho picado
  • 2 chávenas e meia de caldo do cozido
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • sal q.b.

Preparação:

Leve um tacho com o azeite ao lume e refogue a cebola e o alho picados só até a cebola ficar translúcida, deite-lhe as cenouras aos cubinhos e as carnes desfiadas, acrescente o arroz e o caldo e deixe cozinhar em lume brando. A meio da cozedura acrescente as couves picadas, mexa e rectifique o sal.

Assim que o arroz estiver cozido transfira para um recipiente que possa ir ao forno, decore com toucinho fatiado ou com chouriço e leve ao forno só o tempo suficiente para secar o arroz e dourar o chouriço.

 

Sugestão: Acompanhe com um bom vinho tinto, afinal isto são sobras, mas das boas, se é que me entendem.

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publicado às 09:03

Descontruindo e Reconstruindo

por Moira, em 05.06.10

Em minha casa tento não estragar nada, por isso quando sobra alguma coisa ela é aproveitada de novo e quase nunca na forma original, é o caso da receita de hoje, que acaba por nem sequer uma receita mas apenas uma ideia.

No domingo passado em que tive muita gente sentada à mesa acabei por fazer mais comida do que a que era necessária, foi assim que de três alheiras grelhadas sobraram quase duas, que estiveram a estagiar no frigorifico à espera de melhor sorte, ontem peguei nelas decidida a recriar um patê de alheira que comi recentemente num restaurante nas Termas de Monfortinho, mas depois de triturar a alheira a massa fazia lembrar a massa dos croquetes.

Acontece que eu nunca fiz croquetes na vida. Mesmo assim moldei a massa em pequenas bolinhas, passei-as por pão ralado e dispus-me a fritá-las, mas logo na primeira tentativa o meu primeiro projecto de croquete desfez-se em mil pedacinhos e eu passei ao plano B que foi pô-las no forno.

Agora vou ter que aprender a fazer croquetes que isto de uma Moira não saber fazer um dos clássicos da gastronomia Ibérica dá cabo da reputação de qualquer um.

Ainda sobre as alheiras, diz-se que a sua origem está ligada à presença dos judeus no nordeste transmontano, região com grandes tradições de enchidos, apesar de não estar provado que assim seja, as alheiras surgiram da necessidade de os judeus supostamente convertidos ao catolicismo, mas que continuavam a professar a sua religião às escondidas, criaram um enchido parecido com um chouriço mas que levava carne de aves ou de coelho, pão, alho e pimentão, e assim passavam por cristãos.

Moral da história? Às vezes é preciso estar de bem com Deus e com o Diabo.

No entanto, bem-aventurados sejam aqueles, que num laivo de lucidez e imaginação, inventaram tão maravilhoso pitéu.

Croquetes de Alheira Caseira

Ingredientes:

  • Sobras de alheira grelhada na chapa
  • ovo batido
  • pão ralado

Preparação:

Retirar qualquer pele que ainda se encontre na alheira, triturar tudo num robot de cozinha, pegar em pequenas porções de massa passá-las por ovo e pão ralado e colocar num tabuleiro de ir ao forno polvilhado com pão ralado, 15 minutos em forno bem quente e servir, quente ou frio conforme o gosto.

 

Notas: As sobras de alheira estavam bem frias quando as triturei e moldei e quando grelho as alheiras na chapa costumo esborrachá-las e ainda passar-lhes papel absorvente para absorver qualquer gordura que venha atrás.

As alheiras que usei são caseiras e por isso bastante diferentes das que se compram por aí cuja massa interior é na maioria das vezes uma papa molengona. Creio que tudo isto em conjunto contribuiu para o resultado final.

Cerca de uma alheira e meia rendeu mais ou menos doze bolinhas.

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publicado às 00:05

Um Piquenique e muita História

por Moira, em 03.05.10

De volta ao século XXI, é tempo de vos contar o que andei a fazer nestes dias de sol em que deixei o blog e fui descansar e comemorar o meu aniversário de casamento.

Turistas Holandeses em Idanha-a-Velha         Natural de Idanha com um ramo de malvas

Nos Céus de Idanha

A primeira paragem foi em Idanha-a-Velha, povoação repleta de história que nos transporta a épocas bastante remotas.

Para além de vestígios da pré-história, por lá passaram, Celtas, Romanos, Suevos, Visigodos e Árabes.

Os  Romanos começaram por chamar-lhe Civitas Igaeditanorum, evoluindo para Igeditanea, à época foi uma cidade de enorme importância na ligação entre a Guarda e Mérida estando na rota da Via de Prata que ligava Bracara Augusta (Braga) a Emérita Augusta (Mérida).

As suas muralhas devem ter sido construídas entre os séculos III e IV, quando das Invasões Bárbaras.

A seguir aos Romanos vieram os Suevos e os Visigodos, e também os árabes que sob o comando do Tarik Ibn-Ziad conquistaram grande parte da Península Ibérica, e que lhe deixaram de herança a origem do nome Eydaiá ou Idania.

D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal conquistou-a aos Árabes por volta de 1165, tendo-a entregue a D. Gualdim Pais 6º Mestre da Ordem dos Templários.

A sua Torre de Menagem foi construída por volta de 1197, altura em que D. Sancho I confirmou a doação de Idanha, feita por seu pai à Ordem dos Templários.

Passados séculos Idanha a Velha perdeu a posição dominante que tinha, mas continua a transbordar história em todos os vestígios deixados, em cada pedra, em cada rua, em cada esquina, é por tudo isso e ainda pelos magníficos passeios pedestres que pode fazer, que se justifica uma visita demorada a Idanha a Velha e arredores, mas desses falarei mais tarde.

O dia estava lindo e quente, por isso aproveitamos as sombras à beira do rio Ponsul para fazer um piquenique e comer uma salada de arroz de inspiração italiana, desfrutando da calma que por aquelas paragens se faz sentir.

Salada de Arroz

Ingredientes:

  • 1 chávena pequena de arroz branco cozido (pode aproveitar sobras de arroz cozido)
  • 1 lata de atum
  • 1 lata de salsichas tipo Frankfurt cortadas
  • 2 colheres de sopa de milho cozido
  • 2 colheres de sopa de azeitonas descaroçadas e picadas
  • 1 colher de sopa de pickles picados
  • 2 tomates cortados aos cubos
  • Azeite e vinagre para temperar

Preparação:

Misturam-se todos os ingredientes, tempera-se com azeite e vinagre e leva-se ao frio para refrescar.

 

Notas:Os dados históricos aqui relatados, são resultado da compilação e leitura de várias páginas encontradas na net sobre Idanha-a-Velha, não posso por isso comprovar a sua veracidade histórica. Mas por tudo o que vi, não tenho dúvidas que Idanha-a-Velha foi outrora uma localidade muito importante, não deixem por isso de a visitar.

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publicado às 16:36







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