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Há muito que queria fazer esta sobremesa com sabor de Manjar Branco, mas os dias foram passando e foi ficando esquecida.
Aproveitando o meu aniversário, achei que esta seria a altura certa para a experimentar.
É uma sobremesa de textura aveludada e fresca que encontrei faz tempo no Chucrute com Salsicha e a Fer, tal como eu, gosta de receitas práticas, contudo, deliciosas.
Panna Cotta de Côco com Calda de Ameixa Preta
Ingredientes:
para a panna cotta
para a calda:
Preparação da panna cotta:
Colocar a gelatina de molho em água fria.
Numa panela, coloque as natas, leite de côco e o açúcar.
Leve ao lume e aqueça bem, mas sem deixar ferver.
Retire do lume e adicione a gelatina bem escorrida mexendo para a dissolver.
Coloque o preparado numa forma grande molhada ou em taças individuais.
Leve ao frigorifico por cerca 6 horas para solidificar.
Preparação da calda:
Coloque todos os ingredientes num tacho, deixe fervilhar até formar uma calda grossa. Desligue o fogão, deixe arrefecer completamente e sirva com a panna cotta.
Notas: Gostei muito do resultado, mas de uma próxima vez que não tenha crianças em casa, em vez desta calda, farei o Doce de Ameixas com Pedro Ximenez, também do blog da Fer, pois para mim é superior em sabor.
Para quem preferir o manjar branco tradicional, a receita está aqui, mas acreditem que este é bem melhor.
Para mim o Brasil é música, é Elis Regina, Betânia, Baden Powell, Vinicius, Jobim, Caetano, Chico Buarque e tantos outros. E se para muitos o Brasil é samba e carnaval, para mim é Bossa Nova, um estilo musical que marcou uma época e que hoje infelizmente já não se ouve muito.
Para mim o Brasil é também uma imensidão de sabores que só agora começo a descobrir, de frutos e legumes que eu não sei nem pronunciar o nome.
O Brasil tem uma cultura gastronómica muito rica, fruto de uma enorme mistura de influências, algumas delas derivadas da emigração.
Mas, para mim, que nunca lá estive, imagino que o Brasil tem sabor de côco, por isso o meu post hoje, tem sabor a Brasil.
O título e a receita tem inspiração directa no Sabor Saudade que dispensa apresentações, a receita de Manjar Branco da Cláudia é fácil e delíciosa, por isso o meu conselho é: Não esperem muito tempo para a experimentar, não sabem o que estão a perder.
Manjar de Côco com Ameixas Pretas
Ingredientes:
Preparação:
Dissolva a maizena numa chávena de leite e reserve. Leve o restante leite ao lume com o açúcar, o leite de côco e o côco ralado mexendo sempre com uma colher para não pegar ao fundo do tacho. Quando estiver quase a ferver adicione a chávena de leite com a maizena e continue a mexer até engrossar e levantar fervura. Quando ferver retire do lume e ponha numa forma previamente molhada ou distribua tacinhas também molhadas para poder desenformar depois de frio.
Deixe esfriar, coloque no frigorifico por algumas horas ou de um dia para o outro, desenforme e sirva com uma Calda de Ameixas com Vinho do Porto, ou com umas Ameixas com Chá e Pedro Ximenez, uma ou outra ficarão perfeitas neste doce manjar.
E para complementar o post um pouco de Bossa Nova com "Chega de Saudade" interpretado por João Gilberto e António Carlos Jobim.
Esta é a adaptação de uma receita da Nigella Lawson, que a Fer encontrou no Lobstersquad e que eu ao vê-la no Chucrute com Salsicha, não tive dúvidas que tinha que a fazer.
Pensei em usar Vinho do Porto ou Moscatel, mas fiquei tão curiosa em relação ao vinho licoroso Pedro Ximénez que esperei pacientemente uma ida a Espanha para o comprar e não me arrependo. Pedro Ximénez Dos Pasas é um vinho doce diferente de tudo o que provei até hoje, feito a partir de passas de uva tem um sabor único, óptimo para acompanhar sobremesas, em suma, uma verdadeira delícia.
Quanto à receita é muito simples e o resultado final surpreendente, pois pode comer-se simples, com iogurte natural ou com quark e acho que acompanhará na perfeição uma simples panna cotta, ou um manjar de coco.
Era para ser para o dia da cor mas não resisto a publicá-la já.
Ameixas Pretas com Chá e Pedro Ximénez
Ingredientes:
Preparação:
Colocar tudo num tacho excepto as ameixas e deixar levantar fervura, adicionar as ameixas e deixar cozer durante 20 minutos. Guardar em frascos e consumir como acompanhamento de doces ou iogurte.
Nota: No final da cozedura, retirei as ameixas e deixei ferver mais um pouco para obter um xarope mais espesso.
Mil folhas se poderão escrever sobre o encontro de Lisboa que trouxe uma certa Ameixa viajante que numa espécie de "dejá-vu" partiu do norte à conquista de terras da mourama, mas não se iludam, não houve guerras nem batalhas, mas pelo sim pelo não os moiros de Lisboa reuniram gentes desde as beiras até ao reino dos Algarves, não fosse a coisa virar para o torto e não termos tempo para arranjar reforços.
O encontro foi na Expo e a companhia não poderia ter sido melhor, éramos mais de vinte, e chilreamos a tarde toda por entre colheradas de gelado fresquinho que a tarde estava muito quente e "mea culpa" quase fiz o pessoal atravessar o deserto para chegar à geladaria.
E como esta Ameixinha merece, o encontro de Lisboa fica aqui por mim resumido, noticiado e eternizado por um Mil Folhas de Ameixa cuja inspiração fui buscar ao Blog da Joana, um blog com receitas fantásticas e uma fotografia belíssima, mas como está escrito em cirílico tive que utilizar o google translator que ela tem ao cimo da página, traduzi para espanhol e percebi tudo direitinho, mas como sou muito prática criei uma versão um pouco mais simples.
Mil Folhas de Ameixa
Ingredientes:
Preparação:
Faça o creme de pasteleiro que está aqui ou aqui e reserve.
Corte a massa filo em quadrados ou rectângulos de igual tamanho, faça conjuntos de 8 a 10 folhas cada um e pincele cada folha muito levemente de margarina, polvilhado a última com uma colherzinha de açúcar. Leve ao forno quente cerca de 10 minutos ou até as folhas terem um tom dourado.
Corte as ameixas ao meio, tire os caroços e depois corte em gomos finos.
Montagem:
Coloque uma camada de folhas, uma de creme, uma de ameixas, outra de creme, outra de folhas, creme, ameixas, creme, folhas.
Na última camada de folhas polvilha-se com açúcar em pó, canela e amêndoa torrada. Enfeita-se com umas fatias de ameixa e serve-se frio.
Ameixa, espero que gostes
A ameixieira da minha cunhada está no auge de "produção", parece que todas as flores se transformaram em pequenas ameixinhas, que começaram a cair ao chão com a mais leve brisa.
Este foi o prenúncio de que íamos ter muitas ameixinhas:
Outro dia comecei a apanhar as ameixas caídas, que tinham apenas uns leves arranhões e resolvi fazer uma compota.
Na altura não coloquei por aqui nada, achei que era apenas mais um doce, isto foi há uma semana atrás.
Hoje ao pequeno almoço, o marido perguntou-me já só há este doce?
Nós já comemos isto tudo?
É verdade, numa semana demos cabo de um frasco enorme de doce, o que prova que estava muito bom, é preciso mencionar que cá em casa somos apenas dois, e nem sequer somos gulosos.
Compota de Ameixa
Ingredientes:
Preparação:
Misturar a fruta com o açúcar e levar ao lume mexendo até dissolver todo o açúcar.
Deixar ferver em lume brando, mexendo de vez em quando e retirando a espuma que se forma à superfície, até ter a consistência certa.
Coloque num frasco escaldado e seco, tape e vire de "patas para o ar" para criar vácuo, mas não os deixe arrefecer assim. Claro que esta última parte eu não preciso de fazer pois só faço um frasco de doce e ele desaparece numa semana, mas é importante fazê-lo quando se fazem grandes quantidades de doce.
Para saber se o doce está na consistência certa ponha uma colher de doce num prato, deixe arrefecer e passe o dedo, se o doce enrugar e está no ponto certo.
Ameixinha, esta é para ti.