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Foi com alguma surpresa que recebi o convite para participar no almoço de apresentação da nova cerveja artesanal Super Bock Selecção 1927 (Imperial Stout) e que me sentou à mesa com um rol de ilustres convidados já habituados a estas lides, não pelo convite em si, mas porque humildemente considero que não percebo nada de cervejas, ou pelo menos não percebo o suficiente para me fazer entendida sobre o assunto, e muito menos de crítica gastronómica, pelo que tudo o que escrever a seguir é resultado apenas da minha experiência pessoal e não deve ser entendido como uma critica.
Este almoço pretendeu não só dar a conhecer a nova cerveja artesanal da Super Bock, mas também valorizar e tornar mais requintada a experiência de beber uma cerveja.
O local escolhido para servir o menu degustativo foi o 1300 Taberna, (um local a regressar com os amigos) situado na LX Factory em Lisboa e a escolha da ementa foi feita em parceria pelo chef Nuno Barros e por Beatriz Carvalho, Beer Sommelier da Unicer.
Iniciámos a refeição com um amuse bouche de manteiga de amendoim e maçã e outro de tremoço (uma espécie de provocação para quem queria demonstrar que a cerveja não serve só para acompanhar tremoços), ambos muito agradáveis e que harmonizaram com uma Weiss branca, de sabor suave e frutado que me agradou em pleno, tendo sido uma das minhas preferidas, talvez por ser muito refrescante num dia que o calor apertou. Pena que ainda não se encontre à venda em supermercado, (eu seria cliente) mas apenas em restaurantes e cervejarias.
Veio também para a mesa um pão de cerveja preta stout, que tem a textura de um bolo, que foi servido ainda morno com manteiga de ovelha, que fez soltar vários "hummm" de satisfação entre os presentes.
Seguiu-se um Salmão fumado com creme de couve flor, natas, funcho, laranja e pão fumado que acompanhou uma cerveja Malte Whisky, sem ser das minhas preferidas tenho a certeza que agradaria ao marido que é fã e deste tipo de cerveja, de sabor intenso e de teor alcoólico um pouco mais forte que o habitual.
O prato de carne, umas bochechas de porco com molho Super Bock Abadia, foi acompanhado pela mesma e também por uma Bock, de sabor forte e um travo amarguinho na boca que eu gosto bastante e que me fez lembrar algumas das cervejas que provei em Munique há alguns anos atrás.
Chegados às sobremesas, uma enorme surpresa, pelo menos para mim, que nunca me passaria pela cabeça servir queijo da Serra da Estrela DOP Curado amanteigado para acompanhar uma Super Bock Selecção 1927 Imperial Stout, mas surpresa das surpresas, não só gostei como recomendo a experiência, embora não tenha sido essa a opinião de todos os presentes.
Finalizámos a refeição com um Créme Brulée, com malte chocolate, gelado de caramelo e chocolate preto, o prato que reuniu menos consenso na apreciação, o que mais se discutiu em termos de harmonização de sabores, mas que ainda assim não deixa de ter sido uma boa experiência.
Da direita para a esquerda, temos a Weiss (Cerveja de trigo, típica da Baviera), Malte Whisky, Super Bock Abadia, a Bock e a Super Bock Selecção 1927 (Imperial Stout).
Resta-me agradecer este simpático convite, e a experiência gustativa que valorizou o uso da cerveja e que foi uma experiência óptima.
E depois desta apresentação, passemos à receita, que é uma tentativa de reproduzir um dos amuse bouche do Chef Nuno Barros.
Bolachinhas de Água e Sal com Manteiga de Alcagoita e Maçã
Ingredientes:
Preparação:
Colocar a farinha numa taça, fazer um buraco no meio e deitar o azeite, de seguida junte a água aos poucos até formar uma bola de massa homogénea e elástica.
Entender a massa bem fina com a ajuda do rolo da massa ou passe-a nos rolos da máquina de fazer lasanha.
Corte com um corta bolachas ou faça quadrados com uma faca. Pique a superfície das bolachas com um garfo, para não empolarem e leve ao forno aquecido a 180º durante cerca de 10 minutos. Só até alourarem ligeiramente, pois elas enrijecem depois de frias.
Barre cada bolachinha com 1 colher de café de manteiga de alcagoita e coloque por cima quadradinhos de maçã. Sirva de imediato.
Notas: Caso não seja para servir logo convém passar a maçã por sumo de limão, para não oxidar e escurecer.
Alcagoitas é o nome que se dá aos amendoins no Algarve. Esta manteiga de alcagoita é produzida em Aljezur, com produto biológico e 100% nacional, muito diferente das várias manteigas de amendoim que provei até hoje.