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Em tempos idos estes pastelinhos eram para nós um grande petisco, serviam de refeição ou eram levados para piqueniques, mas hoje passados estes anos percebo que era a forma que a minha mãe tinha de recriar refeições feitas quase do nada, num tempo em que poupar era fundamental e obrigatório para sobreviver.
E por falar em piqueniques, parece que é uma coisa em vias de extinção no nosso país, tanta vez o povo português foi criticado por levar a manta e o garrafão para todo o lado que de repente parece que surgiu uma espécie de vergonha nacional e salvo raras excepções parece que se acabaram os piqueniques.
Claro que para os meus amigos transmontanos e também para os alentejanos fazer um piquenique é uma coisa normal.
Quando se vai de carro por essa Europa fora também é vulgar encontrar famílias a "piquenicar", mas se de repente alguém se lembrar de estender uma manta num dos belíssimos relvados da Expo para fazer um piquenique somos olhados de soslaio e consegue-se ler no pensamento de quem olha, qualquer coisa como: Pelintra!
O meu amigo F. está farto de falar dos piqueniques e eu começo a ficar entusiasmada, por isso fica já decidido que assim que o tempo melhorar vamos fazer um piquenique, até porque eu estou desejosa de apanhar um pouco de sol, que já estou a ficar com o ar deslavado dos actores do "Crepúsculo".
Mas vamos ao que interessa e como no aproveitar é que está o ganho deixo-vos os pastelinhos de arroz da minha mãe, que podem ser feitos com qualquer tipo de sobras de arroz, de tomate, de bacalhau, de cenoura...
Pastelinhos de Arroz
Ingredientes:
Preparação:
Bater o ovo, misturar com o arroz, adicionar a farinha polvilhando e mexendo para não criar grumos.
Com a ajuda de duas colheres fazem-se os pastelinhos que se fritam em óleo quente.
Servem-se com uma salada.
Nota: A massa deve ficar com consistência suficiente para se poder moldar com as colheres, mas para quem não quiser ter esse trabalho pode ser fritar às colheradas, não fica é tão bonito.
E escusado será dizer que se deve consumir com muita moderação por ser frito.
Desde o início do ano que ando muito parca em palavras, não respondo aos vossos comentários, quase não tenho comentado nos outros blogs, apesar de os continuar a ler e também não tenho tido muita inspiração para escrever, não entendam isso como um mau sinal, a culpa é das festas que passaram e dos dias que tivemos de um dolce fare niente.
Mas não se preocupem que esta cozinha continua a funcionar em pleno, e nem outra coisa seria de esperar, posso passar sem muita coisa mas não posso passar sem comer, assim aqui fica mais uma sugestão para aproveitamento de sobras de aves ou coelho.
Empadas de Frango
Ingredientes:
Para a Massa:
Para o Recheio:
Preparação:
Misturar todos os ingredientes da massa até obter uma massa elástica e homogénea que se descola das mãos.
Deixar repousar a massa enquanto prepara o recheio.
Levar a cebola picada ao lume com uma colher de sopa de azeite, adicionar os cogumelos e o frango desfiado, juntar o açafrão temperar com um pouco de pimenta e regar com o vinho branco, polvilhar com a salsa picada de deixar cozinhar em lume brando até evaporar todo o líquido. Deixar arrefecer enquanto estende a massa sobre uma superfície enfarinhada com a ajuda de um rolo da massa. Formar círculos, pôr uma colherada de recheio no centro, fechar a empada, pincelar com gema de ovo ou leite e levar ao forno durante cerca de 20 a 25 minutos ou até a massa estar cozida e dourada.
Acompanhar com uma salada verde ou uns espinafres salteados com azeite e alho.
Notas: Deu-me uma enorme preguiça e optei por fazer apenas duas empadas grandes que mais pareciam um calzone.
Substituí parte da farinha por farinha integral, mas acho que o sabor ficou um pouco forte, pelo que aconselho farinha de trigo T65.
Os dias têm-se passado na correria costumeira das épocas festivas em que todos os minutos são preciosos e nunca chegam para tudo o que queremos fazer, escolher os últimos presentes, decorar a casa ou escolher o menu natalício.
Cá por casa vão-se fazendo refeições simples, nada digno de relato, no entanto, e porque comecei a colaborar na secção de culinária do Ágora, a Newsletter do Centro Comunitário da Paróquia de Carcavelos, a ideia é elaborar refeições de baixo custo e aproveitar sobras na confecção de novas refeições.
Para quem estiver interessado, criei uma nova tag (palavra chave) sob o nome de "aproveitamento de sobras".
Por isso hoje temos mais um aproveitamento de sobras, pois apesar de Bruxelas ter decretado o fim da recessão eu continuo a achar que o tempo é de poupança.
Empadão de Peixe - para 2 pessoas
Ingredientes:
Preparação:
Esmaga-se a batata cozida, adiciona-se o leite e a margarina e coloca-se metade do puré na base de um prato de ir ao forno.
Faz-se um refogado com uma colher de sopa de azeite e a cebola picada, adiciona-se a calda de tomate e acrescenta-se o peixe desfiado, sem peles nem espinhas e coloca-se por cima do puré.
Coloca-se o restante puré por cima do peixe, pincela-se com ovo batido e vai ao forno quente cerca de 10 a 15 minutos até o ovo estar dourado.
Os meus dias têm sido de muito trabalho, deixando pouco espaço para ler, escrever ou comentar blogs, o tempo não dá para tudo e por isso algo tem que ficar para trás, as férias estão quase a chegar e nem sequer tenho tempo para pensar onde vou ou o que vou fazer.
Na cozinha fazem-se trivialidades que de tão básicas não merecem qualquer relato.
No entanto deixo-vos aqui uma delas, por ser diferente, apesar de eu não gostar, o marido adora e foi ele que me pediu para fazê-la.
Como já sabem eu detesto fígados e miudezas ao contrário do D. que adora todas essas coisas, a receita que vos deixo hoje é uma aproximação de algo que ele adora, que se faz para as bandas de Almeirim e a que chamam carne da matança, mas qualquer semelhança do que vos trago hoje com a realidade é pura imaginação minha, já que nunca provei nem nunca lhe vi o aspecto.
Não sei o que lhe hei-de chamar, mas isso pouco importa, nem tão pouco tenho uma receita base, mas passo a descrever o que fiz.
Cortei às tiras uma isca de porco frita que tinha sobrado de outra refeição, grelhei uma bifana de porco e cortei-a ás tiras também, fiz uma cebolada com duas cebolas cortadas em pedaços grandes com um fio de azeite, quando a cebola começou a ficar translúcida adicionei as carnes e mexi para tomarem sabor e por fim adicionei um molho de coentros picados, dei mais uma volta e servi com batata nova cozida com a casca.
Se quiserem experimentar estejam à vontade, eu não provei mas ele adorou.
Sem muitas palavras porque a minha inspiração anda em baixa, mas fazendo jus às palavras de Lavoisier, segundo as quais "na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma", aqui pela minha cozinha estamos mais ou menos na mesma, criações novas "népia", deitar comida fora, nem pensar, mas transformei um resto de frango guisado com bacon e cogumelos, que não mereceu relato, nem fotos, num arroz de frango no forno que satisfez o nosso apetite no jantar de ontem á noite.
Arroz de Frango no Forno
Ingredientes:
Preparação:
Faz-se um refogado com cebola e alho picado, acrescentam-se os cogumelos picadinhos, um pouco do molho do frango e água suficiente para fazer o arroz. Geralmente para uma chávena de arroz, utilizam-se duas chávenas de água.
Enquanto o arroz coze desfia-se o frango, retirando peles e ossos.
Depois do arroz feito, coloca-se metade num prato de ir ao forno, por cima coloca-se o frango desfiado e a outra metade do arroz, pode-se colocar umas tirinhas de bacon ou chouriço por cima e vai ao forno quente por uns dez minutos.
Esta é uma boa forma de aproveitar sobras de frango, num prato que costuma ser do agrado de todos.