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Continuando a Viagem

por Moira, em 05.05.10

A tarde estava quente quando entramos em Monsanto, a aldeia mais portuguesa de Portugal, construída em completa comunhão com o granito que faz parte integrante das próprias casas. As suas ruas são estreitas, íngremes e de pedra rude, a cada passo vamos vislumbrando a paisagem deslumbrante.

Pelo caminho travámos conversa com a Dª. Alice, uma senhora muito simpática nascida e criada em Monsanto que fazia e vendia à porta de casa as emblemáticas bonecas a que chamam marafonas.

A marafona simboliza a fertilidade, e tem por base uma cruz, acreditando-se que a cruz afugenta as trovoadas, talvez por isso as encontremos ao longo do caminho.

A Dª. Alice acabou por nos explicar parte da história da aldeia e ainda nos aconselhou sobre o que devíamos ver, chamando a atenção para pequenos pormenores que de outra forma nos passariam despercebidos.

Continuamos a subida que é cansativa, chegamos finalmente ao castelo, que em tempos também pertenceu aos Templários, a respiração ofegante de quem não está habituado a tamanho esforço mas o percurso é lindíssimo e mais uma vez somos premiados com uma magnífica vista para todos os pontos cardeais.

No caminho de regresso fizemos o percurso pedestre que nos aconselharam no Posto de Turismo, estamos inebriados com a paisagem e com os diferentes aromas exalados pelas múltiplas flores que encontramos pelo caminho. O percurso está muito bem identificado e não tivemos qualquer dificuldade em segui-lo, estamos cansados mas felizes, mais uma vez valeu a pena porque Monsanto é de uma beleza extraordinária.

Tal como Idanha a história de Monsanto perde-se no tempo e na história mas para a conhecer melhor passem por este site ou pelo site da Câmara Municipal.

A tarde estava a chegar ao fim, o corpo pedia repouso, por isso seguimos caminho para as Termas de Monfortinho, onde nos esperava o descanso merecido, aproveitamos para um mergulho na piscina aquecida do hotel e ainda houve tempo para uma massagem antes do jantar.

A noite estava amena por isso fomos a pé até ao Restaurante Papa-Figos no Hotel Fonte Santa onde nos deliciamos com um jantar gourmet.

A escolha dos menú ficou a cargo do Chef Mário Rui Ramos e foi uma agradável surpresa.

Começamos por umas entradas, simples mas agradáveis, o meu preferido, um patê de alheira de caça, um patê de azeitona e um de queijo e ervas, o preferido do marido.

Desta vez coube-me a mim escolher o vinho e já que estávamos na Beira, optei por um Almeida Garrett tinto, casta Syrah, uma casta que eu muito aprecio e que se revelou um óptimo acompanhamento para toda a refeição.

O pão era artesanal e feito em Penha Garcia, mas disso falarei noutro post.

Depois veio a sopa, de peixe bem diferente do que costumo fazer, um creme de garoupa com poejos do rio, reconfortante e muito agradável.

Seguiu-se um dos pratos que mais me encantou pela sua simplicidade e também pela apresentação, Breasola em Carpaccio com Anel Crocante de Ervas Tenras e Parmesão. Já o prato principal, Espiral de Perú e Alheira sobre Risotto de Amanitas dos Césares e Crocante de Sementes, por eu não ser apreciadora de perú não foi o que mais me agradou, mas o risotto estava fantástico, uma pena as fotos não estarem à altura dos pratos, ficaram péssimas e quer dizer que ainda tenho muito que aprender pois não sei tirar fotos à noite.

Por fim o ponto mais alto da refeição, a sobremesa, um Demi-Cuit de Chocolate Negro, servido morno com Sorvete de Tangerina e Molho de Frutos Silvestres, eu até nem sou gulosa, mas garanto-vos que a cada colherada julguei que estava no céu, e vocês não imaginam como eu sou exigente.

No final do jantar tivemos oportunidade de dar os parabéns ao Chefe Mário Rui Ramos pela magnifica refeição que nos preparou. Voltarei mais vezes, até porque este menu gourmet varia consoante os produtos da época.

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publicado às 14:18


42 comentários

De Moira a 07.05.2010 às 15:18

Jean Claudi,
Eu gosto sempre de comemorar os aniversários, sejam eles do que forem e o de casamento é sempre especial.
Os locais por onde andei, são bem no interior a nordeste de Portugal, encostados à fronteira com Espanha. Todos eles são locais cheios de história, que eu ainda não conhecia e que recomendo uma visita, pois têm paisagens lindíssimas.
Um abraço

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