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Este é um dos meus doces preferidos, habitualmente faço-o apenas uma vez por ano por ser demasiado calórico, a sua origem perde-se nos séculos e julga-se ser de origem conventual criado pelas monjas beneditinas de Murça, hoje é uma das receitas mais emblemáticas da doçaria portuguesa.
Embora na versão tradicional o Toucinho do Céu leve a amêndoa pelada eu prefiro triturá-la com a pele, dando ao doce este aspecto escurinho, e sendo um doce de origem transmontana usei as últimas amêndoas transmontanas que tinha cá por casa. Já tinha feito uma outra receita de Toucinho do Céu aqui, mas esta é sem dúvida a minha preferida, encontrei-a na revista Saberes e Sabores de Março de 1998.
E a título de curiosidade, já Eça de Queirós se referia a este manjar no seu livro "O Crime do Padre Amaro":
"Vai um docinho, senhor pároco? disse Amélia, apresentando-lhe o prato.
- São da Encarnação, muito fresquinhos.
- Obrigado.
- Aquele ali. É Toucinho do Céu.
- Ah! se é do Céu... - disse ele todo risonho. E olhou para ela, tomando o bolo com a ponta dos dedos."
Toucinho do Céu (Outra versão)
Ingredientes:
Preparação:
Levar a água com o açúcar ao lume, mexendo para dissolver o açúcar. Adicionar o doce de chila e deixar ferver cerca de 3 a 4 minutos sem parar de mexer.
Junte a amêndoa ralada e ferva mais 3 a 4 minutos, retire do lume e deixe arrefecer um pouco.
Entretanto bata os ovos e as gemas cono para uma omeleta.
Noutra taça coloque a farinha e adicione um pouco da mistura do açúcar com amêndoa e chila, mexendo bem para não encaroçar, junte à restante mistura de açúcar com amêndoa e chila e leve de novo ao lume para engrossar, mexendo sempre para não pegar.
Retire do lume e deixe arrefecer por 5 minutos, adicione então os ovos batidos aos poucos mexendo enérgicamente. Polvilhe com a canela e leve de novo ao lume mexendo sempre até obter uma massa espessa.
Forre uma forma com papel, não tinha almaço usei vegetal, dê alguns golpes com uma tesoura para o papel se ajustar á forma, polvilhe com farinha e deite a massa por cima.
Vai ao forno quente a 225º, vigiando sempre para não queimar.
Está cozido quando estiver lourinho por cima e ao espetar um palito no centro do bolo ele sair seco.
Deixa-se arrefecer e coloca-se num prato de servir sem retirar o papel, depois de frio polvilha-se com açúcar em pó.