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Estou de regresso após uns dias fora, com algum frio, mas muito bem passados entre amigos e quase família, a intenção era apanhar azeitonas, mas havia poucas e assim o tempo deu para muita coisa, passeios, preguiça e muita comidinha boa.
A paisagem é linda, convidativa ao repouso e eu adoro-a seja qual for a estação do ano.
Depois de uma manhã a apanhar azeitona, para os que trabalharam no duro, a merenda é bem merecida, entre os petiscos para além das alheiras e da carne assada nas brasas, temos quase sempre bacalhau frito, polvo frito e língua de vitela frita, tudo acompanhado por um belo naco de pão transmontano, que difere do alentejano apenas no formato e na acidez.
Para qualquer uma das iguarias não há uma receita especial.
O bacalhau, depois de demolhado e seco com papel absorvente, passa-se por farinha e ovo batido com salsa picada e frita-se em óleo quente.
O polvo é previamente cozido, depois passa-se por farinha e ovo batido com salsa picada e frita-se em óleo quente.
A língua de vitela, é previamente cozida em água e sal, deixa-se arrefecer, corta-se em fatias, passa-se por farinha e ovo batido com salsa picada e frita-se em óleo quente.
Óbviamente que estas são mais uma das minhas excepções de comer fritos durante o ano, e gosto de qualquer uma das três sugestões.
No caminho para casa ainda paramos para apanhar umas azedas para a salada, não são as azedas que conhecemos em Lisboa, mas as azedas transmontanas a que muitos chamam apenas salada, são óptimas com cebola nova cortada aos gomos e temperadas apenas com azeite e vinagre, tudo muito simples e muito bom.
Ao saborear uma salada com ervas que me eram completamente desconhecidas foi impossível não me lembrar da Neide, tenho a certeza que adoraria percorrer os caminhos que percorri para apanhar azeitona à mão como se fazia no tempo dos nossos avós e bisavós.