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Peras Cozidas em Xarope de Groselha

por Moira, em 30.09.14

Chegaram muitas peras cá a casa, umas vindas da horta da minha cunhada, outras da Região do Oeste através de mãos amigas que sabem que eu gosto de Pêra Rocha, umas e outras são deliciosas, e agora que estamos na época delas, há que aproveitar.

Estas ficaram vermelhas mas não estão bêbedas, e assim com esta cor quem lhes vai conseguir resistir ?

Peras Cozidas com Xarope de groselha

Ingredientes:

  • 6 peras
  • 250 ml de água
  • 6 colheres de sopa de xarope de groselha

Preparação:

Descasque as peras, e coloque-as num tacho com a água e o xarope de groselha, deixe cozer até ficarem macias.

Retire as peras para uma taça e deixe ferver o molho mais um pouco até ficar com a consistência de xarope.

Sirva frio.

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publicado às 12:10

Es una Bomba... de Chocolate

por Moira, em 28.09.14

A ideia partiu de uma receita que vi há muito tempo no Masterchef Austrália e que me ficou na memória até hoje. Chama-se Bombe Alaska mas da receita original pouco ou nada resta para além da aparência, por isso chamemos-lhe apenas Bomba de Chocolate ou será que pode ser uma Charlotte de Chocolate.

A mana pediu-me um bolo sem velas por isso aproveitei a deixa e fiz um bolo que também foi sobremesa, retirando assim, algumas calorias ao almoço. Espero que gostem da minha escolha para o aniversário da minha mana e também para a comemoração dos 4 anos do Blog da querida Lúcia "O Barriguinhas"

Ah! Desculpem-me meninas mas este bolo deixo-me a cantarolar uma música de festa de aldeia... Es una bomba, es una bomba que faz bum bum no meu coração.

Bomba de Chocolate

Bolo

  • 4 ovos mais 2 gemas
  • 6 colheres de sopa mal cheias de açúcar
  • 5 colheres de sopa de farinha
  • 1 colher de chá de fermento em pó

Xarope:

  • 30 ml de água
  • 15 g de açúcar
  • 30 ml de Vinho do Porto

Mousse

  • 200 g de chocolate
  • 1 colher de sopa de manteiga
  • 4 folhas de gelatina
  • 6 gemas
  • 6 colheres de sopa de açúcar
  • 6 claras de ovo

Cobertura

  • 2 claras de ovo 
  • 150 g de açúcar em pó
  • 1 colher de chá de sumo de limão

Preparação:

Começar pelo bolo.

Bater as claras em castelo e adicionar uma colher de sopa de açúcar no final.

Bater as gemas com o restante açúcar, juntar a farinha com o fermento e por fim adicionar as claras batidas envolvendo na massa cuidadosamente.

Colocar uma folha de papel vegetal num tabuleiro, untar com spray de cozinha ou com manteiga, deitar por cima a massa e espalhar no tabuleiro. Levar ao forno aquecido a 180º por cerca de 10 minutos, ou até estar cozido. Desenformar e deixar arrefecer.

Levar todos os ingredientes do xarope ao lume e mexer até derreter o açúcar, desligar e deixar arrefecer completamente.

Entretanto preparar a mousse. Colocar as folhas de gelatina numa taça com água fria para amolecerem. Partir o chocolate, deitar numa taça juntamente com a manteiga e levar ao micro-ondas durante um minuto. Mexer para derreter bem o chocolate, juntar as folhas de gelatina bem escorridas, mexer bem para dissolver a gelatina, se necessário leve mais uns segundos ao micro-ondas.

Bater as claras em castelo adicionando no final uma colher de sopa de açúcar. Bater as gemas com o restante açúcar até duplicarem de volume, juntar o chocolate derretido e por fim as claras em castelo, mexendo com cuidado para envolver ambas as misturas sem perder volume.

Forrar uma taça com cerca 20 cm de diâmetro com película aderente, (utilizei uma taça com 17 cm de diâmetro por 9 cm de altura).

Cortar um circulo com o mesmo diâmetro da taça e reservar. Com o restante bolo forrar o fundo e as laterais da taça. Pincelar todo o bolo com o xarope de vinho do porto reservando um pouco para o círculo que irá servir de tampa. Colocar dentro a mousse de chocolate e tapar com o círculo pincelando-o com o restante xarope. Tapar com película e guardar no frio de um dia para o outro.

No dia seguinte, desenformar o bolo num prato de servir. Bater as claras em castelo com o sumo de limão e adicionar o açúcar em pó aos poucos até obter uma mistura espessa e brilhante.

Barrar todo o bolo com as claras e levar de novo ao frio.

Na altura de servir queimar as claras superficialmente com um maçarico de cozinha. Ou na falta dele polvilhar o bolo com canela ou com cacau em pó.

 

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publicado às 20:07

Coelho com Habones Zamoranas

por Moira, em 22.09.14

A vila transmontana onde passo férias alguns dias por ano fica mesmo ao lado da fronteira com Espanha, tenho por isso a sorte de poder experimentar alguns dos produtos regionais dos nuestros hermanos a preços agradáveis, se é que me entendem.

De ambos os lados da fronteira há paisagens e costumes em comum, embora a gastronomia tenha características bem diversas.

Na região de Zamora cultivam-se estas habones muito parecidas com as nossas feijocas mas com um sabor distinto.

Neste fim de semana convidei os meus pais para almoçar e resolvi experimentar uma combinação diferente, que tirando as habones, nada tem a ver com a comida tradicional de Zamora, mas que deu conversa para o almoço.

Conta a minha mãe que lá na terra havia uma moça, de nome Maria, recém casada com um espanhol. Rapariguinha nova e sem experiência, não dominava a arte dos tachos.

Um dia perguntou ao marido o que havia de fazer para o almoço.

Ele respondeu-lhe que fizesse coelho.

Ao que ela ripostou: Coelho com quê?

Ele no gozo respondeu-lhe: Faz coelho com feijões...

A moça que nada entendia do assunto lá fez o coelho com feijões, e apesar de ser uma combinação estranha, o espanhol até gostou.

Certo é que com o tempo, lá na terra, quando se fazia alguma comida diferente, dizia-se que era à moda da Maria Pescoa.

Não sei se a Maria Pescoa ainda é viva, mas se for, tenho a certeza que ficará com um sorriso nos lábios ao saber desta minha experiência culinária que teve a aprovação de todos os comensais.

E sabem que mais? Não sobrou nem um feijão.

Coelho com Habones Zamoranas

Para a marinada:

1 coelho partido aos pedaços pequenos

3 dentes de alho

1 colher de café de cravinho em pó da Margão

1 colher de chá de colorau da Margão

meio copo de vinho

3 colheres de sopa de azeite

2 folhas de louro

1 pitada de piment d'Espelette (alternativa: pimenta ou piri-piri)

sal q.b.

Para o guisado:

500 g de Habones Zamoranas (alternativa: feijocas)

1 cebola média

1 chouriço pequeno

1 pedaço de toucinho fumado

6 colheres de sopa de azeite

Preparação:

De véspera coloque as habones ou as feijocas de molho e tempere coelho com um pouco de sal, alho picado, o cravinho, o colorau, o piment d'espelette, as folhas de louro, o vinho e o azeite, misture bem para que todo o coelho fique envolvido no molho e deixe a marinar de um dia para o outro.

Levar as habones ou as feijocas ao lume com bastante água e uma pitada de sal e deixar ferver durante cerca de 1 hora, juntamente com o chouriço e o toucinho fumado.

Num tacho colocar 6 colheres de sopa de azeite e alourar o coelho de ambos os lados, juntar a cebola picada, deixe alourar e adicionar o toucinho fumado e o chouriço cortado aos pedaços pequenos. Juntar um pouco do caldo de cozer as habones ou as feijocas e deixar cozinhar o coelho até estar tenro.

Por fim adicionar as habones ou as feijocas mexer com uma colher, se necessário adicionar mais um pouco de caldo, reduzir o lume para o mínimo e deixar fervilhar em lume brando, mais uns 15 a 20 minutos para apurar o molho.

Servir polvilhado de salsa picada e arroz branco.

Notas:

Pode substituir as habones zamoranas por feijocas ou por outro tipo de feijão a gosto.

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publicado às 16:39

A aventura da pasta de açúcar

por Moira, em 14.09.14

Quando recebi a pasta de açúcar da Vahiné a minha primeira reacção foi de pânico.

E agora?... O que é que eu vou fazer com isto?

Junto vinha uma folha com algumas instruções e sugestões engraçadas para decorar bolachas, mas na realidade não me senti motivada, não tenho crianças e fazer bolachas decoradas pareceu-me um trabalho inglório para fotografar e colocar no blog apenas "porque sim".

Os dias foram passando e cada vez que olhava para os pacotinhos da pasta de açúcar, dava voltas ao miolo, sem saber o que fazer com eles.

Faltava-me o motivo e também a vontade de meter mãos a um trabalho que eu adivinhava não ser tão fácil como parece.

Finalmente surgiu a oportunidade, o Afonso, filho de uma amiga de longa data, fez anos, como de costume o bolo estava a meu cargo e nada melhor que o aniversário de uma criança para fazer um bolo decorado com pasta de açúcar.

Pensei para comigo que não deveria ser dificil, afinal pasta de açúcar parece plasticina, mas deparei-me com um mundo (o dos bolos decorados) que não é o meu, com trabalhos fantásticos de pessoas que se têm aperfeiçoado na técnica de moldar pasta de açúcar e recomecei a sentir-me insegura. Percebi que é um trabalho de muita paciência e que para ficar bem feito exige perfeição.

Enchi-me de coragem e com a ajuda da Olga, que me enviou links preciosos e da Vânia que respondeu à maioria das minhas dúvidas, lancei-me ao trabalho de moldar alguns bonecos que vi por aí e que adaptei ao meu gosto.

O resultado foi um bolo que, estando longe da perfeição, ficou mimoso e que, ultrapassados os medos, me deixou com o sentimento de missão cumprida.

Bolo de Iogurte com recheio de creme de pasteleiro e cobertura parcial de Pasta de Açúcar

Para o Bolo

  • 1 chávena de iogurte de baunilha (250 ml) ou outro iogurte a gosto
  • 5 ovos
  • 3 chávenas de açúcar
  • 3 chávenas de farinha de trigo
  • meia chávena de óleo de amendoim (125 ml)
  • 1 colher de sopa mal cheia de fermento em pó

Para o recheio

  • 4 gemas
  • 100 g de açúcar
  • 40 g de amido de milho
  • 500 ml de leite

Para a cobertura

Preparação:

Do Bolo

Bater as claras em castelo, adicionar aos poucos uma chávena de açúcar, bater mais um pouco e reservar.

Bater as gemas com 2 chávenas de açúcar, juntar o iogurte e o óleo intercalando com a farinha misturada com o fermento. Adicionar as claras batidas em castelo e envolver suavemente na massa.

Levar ao forno, aquecido a 180º, em forma untada e enfarinhada durante cerca de 30 minutos, ou até o mesmo estar cozido.

Desenformar para um prato e deixar arrefecer completamente.

Do recheio

Bater as gemas com o açúcar até duplicar de volume e só depois adicionar a maizena.

Levar o leite ao lume para aquecer sem deixar ferver.

Adicionar o leite quente às gemas, mexendo sempre para não encaroçar e levar ao lume para engrossar.

Deitar o preparado numa taça cobrir com película de cozinha, mesmo em cima do creme para não criar nata e deixar arrefecer completamente.

Da Cobertura

Estender a pasta de açúcar com a ajuda de um rolo da massa em cima de uma mesa ligeiramente polvilhada com açúcar em pó, recortar as figuras que pretende e reservar até à montagem do bolo. Para fazer as caras em rosa, usei um corta bolachas redondo, no caso da ovelha depois de cortar em círculo dei-lhe um formato oval. Com porções pequeninas de pasta preta e de pasta branca fiz pequenas bolinhas que depois de achatadas e sobrepostas formaram os olhos dos diversos bonecos. Todos os componentes dos bonecos, orelhas, chucha, gorro, narizes e olhos, a pasta de açúcar foi trabalhada como se estivesse a fazer bonecos de plasticina.

Montagem

Cortar o bolo ao meio e rechear com o creme, cobrir com a outra metade e barrar a superfície do bolo com geleia.

Juntar a pasta de açúcar branca com a azul e amassar até obter uma cor uniforme, estender a pasta de açúcar com o rolo da massa de forma a obter um círculo ligeiramente superior ao diâmetro do bolo. Coloque um pouco de papel vegetal sobre a pasta de açúcar e enrole-a no rolo para ajudar a colocar a pasta de açúcar sobre o bolo. Faça o remate da pasta de açúcar a toda a volta do bolo, como se fosse o remate de uma tarte, fazendo "ondinhas".

Coloque os bonecos de forma harmoniosa sobre a cobertura "et voilá"! Como os bonecos não estavam secos e estava imenso calor, colaram facilmente à massa, mas se estiverem mais secos a opção é usar clara de ovo para colar.

  

Algumas notas que poderão ser úteis a quem como eu nunca tinha trabalhado com pasta de açúcar:

Consoante o tipo de bonecos que vai usar na decoração do bolo, convém começar a fazê-los com uns dias de antecedência. No caso destes fi-los apenas na véspera e coloquei-os num prato entre duas camadas de film de cozinha para não secarem completamente.

Com o calor a pasta tende a ficar molengona e a querer colar-se a tudo pelo que fui colocando os bonecos num prato sobre film de cozinha, para poder fácilmente descolar sem os danificar.

Dos conselhos que me deram que me parecem importantes:

Nunca se guarda pasta de açúcar no frigorífico, pois seca e fica rija, deixando de se poder trabalhar.

O meu conselho pessoal:

Não entrem na aventura de cobrir um bolo com pasta de açúcar a pensar que se faz com uma perna às costas. Não é difícil, mas também não é assim tão simples pelo que o melhor é começar por bonecos simples e sem grande volume. Por exemplo: borboletas, flores, carros, comboios, ou caras de bonecos ou outros animais que sejam simples de executar.

Para dar textura à massa usei apenas a ponta de uma faca, não é necessário comprar uma parafernália de utensílios para quem não quer fazer disto profissão.

Encontrei um passo a passo aqui e informações sobre quantidades necessárias aqui.

 

E depois desta minha aventura com pasta de açúcar, quero expressar aqui a minha enorme admiração por quem faz disto trabalho, basta fazer uma breve pesquisa na net para perceber que há por aí gente cheia de talento de norte a sul do país com trabalhos muito bons e de uma enorme criatividade.

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publicado às 23:13







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