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dizem que as conversas são como as cerejas

por Moira, em 30.06.12

Dizem que as conversas são como as cerejas, encadeiam-se umas nas outras de tal forma que é difícil parar.

O mesmo se passa por aqui com as receitas de cerejas, que, este ano têm aparecido em abundância e a um preço convidativo por aqui.

Já congelei algumas para fazer clafoutis nos próximos meses, já fiz licor e hoje trago-vos mais uma receita retirada do Palachinka.

Desta vez a receita original sofreu algumas alterações, uma delas devido ao elevado custro das ginjas que só encontrei a 9,99 € e que por isso me recusei a comprá-las.

Cerejas em Calda de Vinho do Porto

Ingredientes:

  • 400 g de Cerejas
  • 200 ml de Vinho do Porto
  • 100 g de açúcar integral (mascavado)
  • 1 pau de canela
  • 1 estrela de anis
  • 4 sementes de cardamomo

Preparação:

Colocar as cerejas lavadas e sem os pés num tacho, cobrir com o açúcar, juntar as especiarias, regar com o vinho do Porto e levar ao lume.

Quando começar a ferver, colocar no mínimo e deixar cozinhar cerca de 10 minutos.

Retirar com cuidado as cerejas para um frasco e deixar ferver a calda até reduzir para metade e ficar com a consistência de um xarope.

Verter a calda sobre as cerejas e tapar o frasco, deixar arrefecer e guardar no frio. Consumir no prazo de uma semana.

 

São boas simples, ou a acompanhar um gelado de baunilha ou de natas polvilhado com canela. E se calhar também não devem ficar mal com um pão de ló de chocolate.

 

Nota: Conforme mencionei acima congelei cerejas, passo a explicar como faço. As cerejas são congeladas conforme vêm da loja, quando as vou usar, retiro do saco a quantidade que preciso, passo-as por água, escorro muito bem e coloco no pirex onde vou fazer o clafoutis, vertendo a massa por cima e levando de imediato ao forno. Se as deixar decongelar totalmente ficarão moles e sem graça. Se as provar meio descongeladas vai ver que conservam todo o seu sabor.

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publicado às 17:51

todo o sabor das cerejas para mais tarde recordar

por Moira, em 24.06.12

Quando vi esta receita o ano passado no Palachinka fi-la de imediato e aproveitei para oferecer algumas garrafas no Natal.

De todos os licores que tenho feito, este foi daqueles que mais me surpreendeu. Por isso repito a dose este ano e antes que a receita se perca nos meandros das minhas gavetas ou termine a época das cerejas, deixo-vos a receita desta conserva e/ou licor de cerejas.

Conserva e/ou Licor de Cerejas

Ingredientes:

  • 500 g cerejas com os pés
  • 1 pau de canela, cortado em dois ou três pedaços
  • 150 ml de água
  • 150 g de açúcar
  • 300 ml de aguardente
  • 1 cravinho 
  • casca de 1 limão, só a parte amarela

Preparação:

Lave as cerejas e seque-as cuidadosamente com papel de cozinha. 

Descasque o limão com o descascador de batatas para que a casca fique bem fina.

Coloque as cerejas num frasco limpo e seco, adicione a casca de limão, o cravinho e a canela.

Leve a água e o açúcar ao lume, assim que o açúcar derreter, desligue o fogão, espere 15 a 20 minutos e junte a aguardente.

Despeje esse líquido sobre as cerejas, feche bem o frasco e guarde em local fresco, seco e escuro durante 3 ou 4 meses antes de abrir.

 

Nota: O cravinho dá-lhe um sabor forte a acentuado, por isso se não gostar desta especiaria, o melhor é omiti-la.

Ao contrário da ginginha, nem o licor, nem as cerejas ficam demasiado alcoólicos.

A maioria das pessoas gosta mais do licor, eu, vá-se lá saber porquê, prefiro as cerejas.

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publicado às 20:23

mais um aniversário, mais um doce

por Moira, em 18.06.12

Provei-o a primeira vez num almoço em casa da Fátima Moura do Conversas à Mesa e fiquei fã, pelo que quando a minha colega Maria João me pediu para fazer um doce para o seu aniversário não pensei duas vezes e decidi fazer o Cheesecake básico da Fátima, que vai ao forno e que ainda assim fica com uma textura cremosa.

Foi mais um dos muitos aniversários que temos este mês no escritório e esta sobremesa fez um tremendo sucesso.

Cheesecake com Framboesas

Ingredientes:

Para a Base

  • 200 g de bolachas diggestive
  • 80 g de manteiga mole

Para o Recheio

  • 1 caixa de queijo creme (Tipo Philadelphia normal)
  • 1 requeijão de Seia, ou outro a gosto
  • 1 lata de leite condensado das pequenas
  • 4 ovos grandes
  • raspa e sumo de meio limão
  • 1 colher de sobremesa de amido de milho
  • 1 pacote de natas

Para a Cobertura

  • Compota de framboesa
  • 2 colheres de sopa de vinho do porto
  • 1 caixinha de framboesas

Preparação:

Pré-aquecer o forno a 160ºC.

Da Base

Triturar as bolachas e juntar a manteiga. Forrar a base de uma forma de fundo amovível e untar os lados com manteiga.

Do Recheio

Bater o queijo creme com o requeijão previamente passado por uma peneira ou bem esfarelado com as mãos.

Adicionar o leite condensado e os ovos inteiros um a um. Juntar o sumo e a raspa de limão.

Desfazer o amido de milho num pouco de natas e adicionar à mistura de queijo juntamente com as restantes natas.

A mistura fica bastante líquida mas é mesmo assim.

Deitar o preparado sobre a base de bolacha e levar ao forno aquecido a 160º durante cerca de 40 minutos.

Espetar um palito no centro, se sair seco está pronto.

Da Cobertura

Misture o vinho do porto com a compota de framboesa e espalhe sobre o cheesecake morno.

Enfeite com framboesas frescas depois de frio.

 

Nota: O amido de milho serve para evitar que o cheesecake abra as características rachas na superfície. Se não tiver maisena, use farinha de trigo.

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publicado às 22:37

convidei para jantar - escritores contemporâneos

por Moira, em 15.06.12

Sempre vivi com livros à minha volta e os meus gostos literários são bastante diversificados, mas tenho um especial carinho pela literatura latino-americana.

Laura Esquível, Vargas Llosa, Isabel Allende, Pablo Neruda, Paulo Coelho, são alguns dos meus preferidos, mas a cereja no topo do bolo é para mim Gabriel Garcia Marquez, escritor colombiano nascido a 6 de Março de 1927.

O primeiro livro que li de Gabriel Garcia Marquez foi "Cem Anos de Solidão" e dessa leitura surgiu uma enorme curiosidade para ler outras obras dele, foi assim que um após o outro li quase todos os seus livros.

"Cem anos de Solidão" é considerada um marco da literatura latino-americana e tem a particularidade de ser um dos livros mais lidos e mais traduzidos no mundo inteiro.

"Cem anos de Solidão" é a história da família Buendía-Iguarán com os seus milagres, fantasias e obsessões, mas também com as suas tragédias, incestos, adultérios, descobertas e condenações.

Na obra de Gabriel Garcia Marquez estão sempre representadas fantasia e realidade, tragédia e amor, e as memórias do escritor fundem-se muitas vezes com os personagens dos seus próprios livros.

Foi assim que surgiu a ideia desta receita, porque também ela é feita de memórias, e por isso achei que apesar de simples seria uma boa escolha para um jantar com o meu escritor preferido.

Mas passemos à história da receita, nos meus tempos de menina era costume passar uns dias em casa dos meus tios maternos numa aldeia perto da Figueira da Foz, desse tempo as minhas recordações também se confundem entre a minha imaginação e a realidade. Lembro-me dos preparativos em dia de cozedura de pão e de umas sardinhas que eram postas na telha entre camadas de farinha de milho. Não sabendo ao certo como eram feitas apelei à sabedoria da minha mãe, que me explicou tudo no momento e à falta de uma telha as sardinhas foram para o forno num tabuleiro e se as sardinhas da minha memória me pareciam perfeitas, estas não lhes ficaram atrás.

Com esta receita participo no desafio lançado pela Ana do Anasbagueri e este mês alojado no De Cozinha em Cozinha passando pela minha.

Sardinhas no Forno

Ingredientes:

  • 6 sardinhas
  • sal q.b.
  • 2 dentes de alho bem picados
  • 4 colheres de sopa de azeite
  • 1 pitada de "Piment d'Espelet"
  • Farinha de milho branca q.b.

Preparação:

Temperar as sardinhas com o sal e o alho picado, regar com o azeite e deixar marinar cerca de 1 hora.

Polvilhar generosamente o fundo de um tabuleiro com farinha de milho, colocar por cima as sardinhas juntas mas desencontradas, cabeças com rabos. Polvilhar de novo generosamente com farinha e levar ao forno quente a 200º com ventilador durante cerca de 20 a 25 minutos.

Servir com batata cozida com pele ou uma boa salada verde.

 

Nota:

A farinha de milho ensopa com o azeite e a gordura das sardinhas e fica com uma agradável textura e um sabor que faz lembrar a broa de milho. 

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publicado às 22:51

saboroso, mas não é o original

por Moira, em 11.06.12

Tudo começou com um convite para jantar, os meus afilhados faziam anos de casados e eu queria fazer algo diferente e à altura da ocasião.

Receita escolhida, confirmei que tinha todos os ingredientes em casa mas cometi erro de não ler a receita até ao fim.

Tinha escolhido um Bolo Floresta Negra, cheio de cerejas, chocolate e chantilly, pareceu-me uma escolha perfeita para o momento mas a tradução da receita estava longe da perfeição, o bolo não me saiu bem e nas restantes etapas haviam falhas graves, pelo que passei ao plano B e resolvi inventar, na essência estão todos os elementos de um Floresta Negra, mas na realidade é a minha interpretação livre do clássico alemão.

Na verdade, e apesar de estar longe da perfeição do Floresta Negra, o bolo fez um enorme sucesso entre os que o provaram e o marido até comentou que era o meu melhor bolo de sempre, deixo-vos então um bolo de chocolate com cerejas e chantilly.

Bolo de Chocolate com Cerejas e Chantilly

Ingredientes:

Para o Bolo

  • 6 ovos
  • 150 g de açúcar
  • 3 colheres de sopa de água a ferver
  • 50 g de farinha
  • 25 g de amido de milho
  • 30 g de cacau
  • 1 colher de chá de fermento em pó

Para as cerejas em calda

  • 500 g de cerejas
  • 100 ml de ginjinha
  • 100 ml de água
  • 100 g de açúcar

Para o chantilly

  • 500 g de natas
  • 50 g de açúcar

Para decorar

  • 24 cerejas frescas
  • raspas de chocolate

Preparação:

Do Bolo

Bater os ovos com o açúcar até triplicarem de volume (mais ou menos 15 minutos), adicionar a água a ferver e por fim envolver as farinhas com o cacau e o fermento com uma espátula em movimentos de baixo para cima muito suavemente para a massa não baixar de volume.

Levar ao forno quente a 180º em forma forrada no fundo com papel vegetal e muito bem untada, durante cerca de 15 a 20 minutos.

Desenformar sobre uma rede e deixar arrefecer durante a noite.

Da calda

Descaroçar as cerejas, colocar num tacho junto com o açúcar, o licor e a água e levar ao lume deixando ferver suavemente durante cerca dxe 10 a 15 minutos. Deixar arrefecer completamente antes de usar.

Do Chantilly

Bater as natas bem geladas até começarem a espessar, juntar então o açúcar continuando a bater até obter a consistência de chantilly.

Montagem do Bolo

Antes de mais, é fundamental que quer o bolo, quer a calda, estejam completamente frios, uma vez que o recheio leva chantilly, por isso o ideal é fazer o bolo e a calda de véspera.

Para não haver enganos durante a montagem o ideal é dividir a calda das cerejas em três partes, o chantilly também em três partes e as cerejas em calda apenas em duas partes, assim temos a certeza que não faltará nada em nenhuma das etapas.

Cortar o bolo em três partes iguais, colocar uma parte no prato, molhar com uma parte da calda, cobrir com uma camada de chantilly fina, distribuir metade das cerejas em calda, cobrir com mais uma calmada de chantilly. Pôr a segunda camada de bolo molhar com a calda, depois um pouco de chantilly, a seguir as cerejas em calda, mais chantilly e por fim a última camada de bolo, também ela molhada com a restante calda, cobrir com o restante chantilly e decorar com as cerejas frescas e as raspas de chocolate.

 

É um bolo muito elaborado mas também muito saboroso, no entanto aconselho a consumir com muita moderação pois é uma bomba calórica.

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publicado às 00:01

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