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Eu nem sou maníaca por chocolate, mas ao ver esta delícia no Blog Cravo da Índia fiquei completamente hipnotizada e parti para a cozinha para fazer um bolo de chocolate não este que vos trago hoje, mas um outro que por não ter qualquer semelhança mesmo que tivesse ficado bom nunca conseguiria destronar aquele que tinha ficado na minha cabeça. Os dias foram passando, e volta e meia passava pelo blog para me deliciar com a imagem e imaginar o quão perfeito seria poder estender a mão, e atravessando este mundo virtual poder tirar uma generosa fatia de bolo que saciaria a minha gula, entretanto fui de férias e fiquei sem hipóteses ou tempo de o pôr em prática.
No entanto quando estava de visita aos meus compadres transmontanos, lembrei-me que um deles fazia anos e não tive qualquer dúvida de que este seria o bolo perfeito para uma comemoração especial e sem mais demoras corri para a cozinha para concretizar tão especial iguaria.
Delícia de Chocolate
Ingredientes:
Preparação:
Aquecer o forno a 180º
Barrar as formas e reservar.
Derreter o chocolate.
Misturar o leite e o limão (para fazer sour milk) e deixar repousar 10 minutos.
Misturar a farinha, o bicarbonato, o sal e o fermento e reservar.
Bater os açúcares, a manteiga (à temperatura ambiente) e a baunilha até obter uma mistura cremosa, continuar a bater e adicionar um ovo de cada vez em baixa velocidade, juntar aos poucos os ingredientes secos, o corante, e o chocolate derretido alternado com o sour milk.
Vai ao forno até o palito no centro sair limpo (embora não seco), cerca de meia-hora ou um pouco mais conforme o tipo de forno.
A cobertura é ganache simples: 200 g de chocolate (cerca de 70%) partido e 200 ml de natas gordas misturados em lume médio.
Notas: O recheio e a cobertura levavam amoras e framboesas frescas, mas como onde me encontrava não havia framboesas e as amoras ainda estão em flor, por isso na cobertura usei amêndoa lascada e torrada e amores-perfeitos, no recheio ganache simples.
Não encontrei corantes por isso omiti e como também não encontrei bicabornato dupliquei a quantidade de fermento.
O resultado foi um bolo fofo e muito agradável, a repetir em breve com os frutos silvestres.
Na altura em que este post for publicado estarei a banhos algures numa praia alentejana, banhos de sol, banhos de mar, muita mas muita preguiça, e uns petisquinhos para alimentar o corpo e alma.
As minhas férias já começaram, por isso a minha passagem por aqui será breve, mas hoje o Figo Lampo, está de Parabéns e eu não podia recusar um convite da simpática Margarida, que tal como eu adora petiscos por isso para comemorar o 2º aniversário do Figo Lampo trouxe um pratinho com sabor a mar.
Salada de Ovas
Ingredientes:
Preparação:
Cozem-se as ovas temperadas com sal, escorrem-se e deixam-se arrefecer.
Cortam-se as ovas em pedaços, polvilham-se com a cebola e a salsa picada, temperam-se com pimenta acabada de moer, azeite e vinagre.
Agora desculpem-me, vou ali dar mais uns mergulhos que a temperatura está óptima e a água apesar de fresquinha está mesmo apetecível.
É fantástica a relação que se cria entre blogs e blogueiros, então no que toca aos blogs de culinária podemos dizer que não existem fronteiras e que na generalidade existe uma relação saudável e até de cumplicidade entre alguns deles, nunca me imaginei a comentar ou a visitar blogs estrangeiros com a frequência com que o faço hoje em dia, e muito menos a participar em desafios propostos por esses mesmos blogs, mas na realidade dou comigo a melhorar o meu francês, a relembrar o inglês e o alemão e até a aprender italiano e castelhano para poder acompanhar e fazer receitas que vejo por esse mundo fora.
As receitas que vos trago hoje foram pensadas especialmente para participar num desafio proposto pelo Futuro Bloguero do Lazy Blog, um blog espanhol que acompanho há algum tempo e que nos brinda com receitas de abrir o apetite até ao mais esquisitinho.
O que ele nos pediu foi tão simplesmente uma receita feita com cerejas, mas teria de ser com "Cerezas del Jerte", acontece que por aqui não se encontram dessas cerejas e também por uma questão de promover a economia nacional, decidi-me então pelas não menos famosas Cerejas do Fundão, não sei exactamente qual a variedade que usei mas eram escuras, doces e carnudas como uma cereja deve ser.
A escolha da receita é que foi mais difícil, não queria cair na tentação de escolher um doce, e para mim as melhores cerejas comem-se ao natural e se forem apanhadas directamente da árvore ainda melhor.
Fiz então duas coisas, para começar uma Sangria de Cava Morangos e Cerejas que o tempo está quente e apetece algo refrescante.
Como prato principal Bifes de Perú com Molho de Cereja e Vinho do Porto e com estas duas propostas não me consegui decidir por qual escolher para enviar resolvi mandar as duas.
E agora, missão cumprida posso ir de férias sossegada. Até breve!
Sangria de Cava com Cerejas e Morangos
Ingredientes:
Preparação:
Lavar e cortar os morangos às rodelas.
Lavar, descaroçar e cortar as cerejas às rodelas.
Colocar a fruta num jarro, polvilhar com o açúcar e regar com o Triple Sec, colocar no frio.
Na hora de servir adicionar-lhe o cava bem gelado, o gelo e as folhas de hortelã.
Notas: Pode substituir o cava por espumante ou mesmo por vinho branco embora o resultado final seja diferente.
Esta é uma bebida forte, se preferir um teor de álcool mais fraco pode adicionar água tónica ou gasosa.
Passemos então ao prato principal.
Eu sei que sou suspeita mas quer eu, quer o meu marido adoramos o resultado agri-doce da combinação do molho com os bifes, que faz de alguma forma lembrar a gastronomia medieval da península ibérica.
Quanto ao acompanhamento as nossas opiniões já foram divergentes e se fosse agora provavelmente teria optado por umas batatas fritas.
Bifes de Perú com molho de Cerejas e Vinho do Porto
Ingredientes:
Para o Molho de Cerejas e Vinho do Porto
Preparação:
Temperar os bifes com o sal, a pimenta, o tomilho, a salsa, 2 colheres de sopa de azeite e o sumo de laranja. Deixar a carne repousar no frigorifico durante uma hora.
Num tacho colocar o Vinho do Porto, o açúcar, o sumo e a raspa de 1 laranja e levar ao lume até levantar fervura, entretanto lavar e descaroçar 12 cerejas e adicioná-las ao molho. Deixar ferver até ficar com a consistência de uma compota e reservar.
Fazer um arroz branco a que se adicionou um raminho de salsa picada.
Fritar os bifes no restante azeite, até estarem dourados de um lado e do outro.
Servir os bifes com o molho de Vinho do Porto e Cerejas por cima com uma forma de arroz e verduras cozidas ou se preferir uma salada.
Abro as janelas, deixo correr a aragem que por vezes teima em não querer passar, ainda assim o tempo quente não me impede de acender o forno e desta cozinha continuam a sair umas coisitas simples que se comem em duas dentadas e enchem a mesa de cor.
As férias estão à porta, a partir de segunda feira deixo os tachos de lado, durante três semanas vou deliciar-me com petiscos feitos por outras mãos noutras latitudes, vou aproveitar o sol e a sombra e esquecer que o resto do mundo existe.
Devo dar um salto a Espanha, mas ainda não sei quando nem onde provavelmente para norte, embora tenha que ir um dos dias a Salamanca. Já agora algum dos meus leitores espanhóis me aconselha onde comer bem em Salamanca ou arredores?
Antes das férias ainda volto tenho que fazer uma receita com Cerejas para o Lazy Blog, porque o prometido é devido, não me esqueci, o problema é que as cerejas vão chegando e vão marchando "au naturel".
Tarteletes de Tomate e Requeijão
Ingredientes:
Preparação:
Forra-se a forma com papel vegetal, coloca-se por cima a massa folhada.
Por cima da massa põe-se o requeijão esfarelado que se polvilha com as Ervas de Provença.
Corta-se o tomate às rodelas tempera-se com sal e pimenta polvilha-se com orégãos e vai ao forno entre 10 a 15 minutos só até a massa estar dourada.
Nota: Eu fiz tarteletes pequenas mas pode fazer-se numa forma das grandes.
Apesar de Portugal ter imensos petiscos de lamber os dedos, não temos o hábito do nossos vizinhos espanhóis de tapear, entrando e saindo das várias tasquinhas comendo em cada uma delas o que de melhor têm para oferecer. Também já não é segredo para ninguém que eu adoro tapas e petiscos e por isso sempre que posso aproveito.
Das minhas andanças pelo país vizinho recordo com saudades os tascos de Zarautz, os de Leon e os de Zaragoza, os primeiros pela elaboração e apresentação, os segundos pelos deliciosos enchidos e simpatia dos leoneses e os últimos pelo ambiente.
Por outro lado e das poucas vezes que passei por Madrid, talvez por ser uma cidade enorme nunca consegui comer de jeito, se é que me entendem e do Sul nada conheço, mas também ainda não será este ano que o dinheiro não abunda, mas tenho muita curiosidade pois dizem-me que por lá os petiscos são também deliciosos.
O que vos trago hoje é um dos petiscos que encontra em qualquer tasco da Galiza, habitualmente é servido sobre um prato de madeira, mas presumo que por cá os famosos fiscais da ASAE dariam conta deste costume em três tempos. E da Galiza recordo os belos mariscos, especialmente as Vieiras e as empanadas de Orense, baixinhas e deliciosas.
Polvo à Galega
Ingredientes:
Preparação:
Cozer o polvo com apenas um pequeno copo de água no fundo da panela de pressão, adicionando o louro, a pimenta e um fio de azeite.
Não pôr sal nenhum, o polvo não precisa de sal e no final vai ver que o polvo fica óptimo. Na panela de pressão demora cerca de 20 a 30 minutos conforme o tamanho do polvo, assim que o vapor começar a fazer barulho colocar o fogão no mínimo, ao fim de 20 minutos verificar a cozedura, se necessário cozinhar mais uns minutos.
Caso não use uma panela de pressão deverá cozer o polvo durante cerca de uma a duas horas em bastante água e nesse caso deve adicionar sal.
Depois de cozido, escorre-se bem o polvo e deixa-se arrefecer um pouco, depois cortam-se rodelas e colocam-se num prato, temperam-se com um fio de azeite, polvilham-se com pimentão doce e serve-se com rodelas ou gomos de limão para espremer por cima.
Notas: Como os polvos que usei eram pequeninos depois de cozidos coloquei os tentáculos sobre um bom pedaço de film de cozinha, uns virados para um lado, outros para o outro, para não ficarem as partes fininhas todas do mesmo lado, depois enrolei o film e apertei nas pontas comos se fosse um chouriço e levei ao frigorífico. Com a acção do frio os tentáculos ficam colados uns aos outros, depois cortam-se com uma faca afiada.