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Quando gosto muito de uma coisa repito-a muitas vezes, não sei se vos acontece...
Lembram-se do pão com orégãos do outro dia, pois é repeti a massa de novo, porque me soube lindamente com tomate, azeitonas e queijo fresco, e então pensei que ficaria muito bem em palitinhos tipo snack.
Dá uma trabalheira desgraçada, fazer tanto palitinho, mas no final é bastante agradável.
Lembram-se daquele jogo da Majora que tinha um chinês na caixa? Chamava-se Mikado! Pois com estes palitinhos quase que dava para jogar o Mikado, só que cada palitinho tirado ia para a boca e o jogo acabava num instante.
Quem adorou e que já me pediu de novo foi o meu sobrinho, que come daquilo como se fossem rebuçados.
Então aqui ficam as fotos, a receita está uns posts mais atrás.
Para mim ginja é sempre com elas... ainda não me decidi se gosto mais da ginjinha ou das ginjas, pelo que vou continuando a beber o licor e a comer as ginjas.
Elas chegaram de novo, talvez sejam difíceis de encontrar à venda nas cidades, mas eu tenho a sorte de a minha mãe ter uma ginjeira no quintal que todos os anos nos presenteia com os belíssimos frutos.
O meu compadre tem uma ginjeira num dos terrenos que tem lá pelas arribas do Douro, e as ginjas ficavam sempre na árvora até os pássaros as comerem ou caírem para o chão, num dia que passamos por lá para ver as vinhas, vi a árvore carregada e perguntei-lhe porque não as apanhava, ao que ele me disse que aquilo não prestava, que eram bravas e azedas, ainda assim eu que sou uma mulher persistente, agarrei num saco e apanhei para aí um quilo ou dois de ginja, cheguei a casa lavei-as, tirei-lhes o pé, sequei-as com papel absorvente e vá de as pôr numa daquelas garrafas gigantes de whisky que se costumam ver nos bares, juntei-lhes o açúcar e o pau de canela, mandei-o pôr a aguardente no dia seguinte e disse-lhe que depois a guardasse e a esquecesse por um ano. Assim foi, quando lá cheguei no ano seguinte perguntei-lhe pela garrafa e ele só me respondeu:
- Ouve aquilo é uma "pomada" há anos que não provava nada tão bom, os amigos estão fartos de me perguntar como se faz.
Foi assim que ele começou a cuidar da árvore e a colher as ginjas todos os anos para fazer a tal "pomada", que já faz sozinho e na perfeição. Não é assim compadre Zé?
A receita da ginjinha já está no blog desde o ano passado, de qualquer das formas aqui fica de novo desta vez com quantidades para uma garrafa de litro.
Ginjinha
Ingredientes:
Preparação:
Lave as ginjas, retire-lhes o pedunculo e seque-as com papel absorvente.
Coloque-as na garrafa e cubra-as de açúcar (eu uso sempre do branco pois o amarelo deixa pé quando a ginja está pronta a consumir.)
Deixe assim as ginjas a macerar no açúcar por pelo menos 24 horas a 48 horas.
Acabe de encher a garrafa com aguardente e acrescente o pau de canela.
Coloque a garrafa num local escuro e agite-a nos primeiros dias para ajudar a dissolver o açúcar.
Aguarde entre 3 a 6 meses e está pronta a consumir.
Em minha casa costumo guarda durante um ano antes de abrir para provar.
Notas: A mesma receita também funciona com ameixas vermelhas, mas tem que ser feita em frascos por causa do tamanho da fruta. Entretanto experimentei com framboesas, com amoras e com groselhas, mas ainda não vos sei dizer o resultado, porque ainda não provei, mas acredito que estará bom, pelo menos a julgar pela cor.