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Cozinhar o arco-íris, o desafio lançado pela Mary, tem sido muito divertido mas ao mesmo tempo um verdadeiro desafio para mim, não em termos de imaginação porque a minha cabecinha anda a 100 à hora, mas em termos de timing que é uma coisa que eu tenho alguma dificuldade em gerir.
Hoje é dia da cor, dia do rosa, e eu quando penso em rosa é sempre num rosa suave, quase etéreo, quando pinto é uma cor que gosto de incluir nas minhas composições, por ser harmonioso.
Mas vamos à receita. Não sei se a vós vos acontece mas eu só como iogurtes quando está o tempo quente, sabe-me bem comê-los fresquinhos, simples ou acompanhados com fruta e nozes ou amêndoas picadas. Já o D. não dispensa umas colheradas de iogurte com muesli no final do pequeno almoço, e gosta deles todo o ano.
Hoje pintei os meus iogurtes de rosa bébé, uma cor que eu adoro.
Iogurte com Framboesas e Amoras
Ingredientes:
Preparação:
Levar as frutas congeladas com o açúcar ao micro-ondas, numa taça de vidro por 5 minutos, deixar arrefecer.
Distribuir uma colher de frutos pelos potes de iogurte.
Num recipiente à parte juntar o iogurte natural com o leite, o leite em pó e cerca de 1 dl da calda que se formou ao cozer os frutos, misturar bem e dividir pelos copos de iogurte. Ligar a iogurteira e deixar que a máquina faça o resto nas 8 ou 9 horas seguintes.
Nota: Se não tiver calda suficiente para fazer 1 dl, pode acrescentar um pouco de xarope de groselha para dar cor.
No final lembrei-me duma fase da minha vida, há muitos anos atrás, em que para a minha mãe comprar um iogurte era um luxo e então só nos comprava 1 iogurte para cada uma ao fim de semana. Acontece que nós eramos miúdas e quando somos miúdos nem sempre nos apercebemos das dificuldades, quando era hora do lanche quase todos os dias se repetia a mesma história:
Eu - Mãe, tenho fome!
Mãe - Vai comer pão com manteiga ou pão com marmelada e bebe um copo de leite.
Eu - Não mãe, eu tenho fome de iogurte!
Esta última parte variava um pouco consoante o apetite, às vezes era fome de bolachas, fome de morangos, ou outras fomes de qualquer coisa mais apetecível que pão com manteiga ou marmelada.
O dia por Lisboa foi de um calor intenso e sufocante, não me apetecia jantar, muito menos fazê-lo mas o D. estava a caminho e tinha que comer algo depois de uma estafante viagem de quatro ou cinco horas.
Ligar o fogão nem pensar, muito menos andar de roda dos tachos, assim fui à despensa e tirei uma série de conservas e enlatados, que tenho sempre para situações de emergência.
Não é que seja apologista de enlatados, mas afinal era uma situação de emergência... (risos)
Mas uma vez não são vezes e assim nasceu uma salada sem história, mas refrescante.
Ingredientes:
Preparação:
Descascar o tomate, cortá-lo em cubos e temperá-lo com sal fino, cortar os palitos de surimi em rodelinhas e misturar todos os ingredientes numa saladeira.
Temperar com azeite e vinagre, decorar com azeitonas e servir fresco.
Se preferir pode usar maionese em vez do azeite e do vinagre.
Nota: Não apreciei os rebentos de soja em conserva, mas como a salada foi resultado de uma brutal preguiça, tive que comer assim mesmo, o que vale é que não me dá destas coisas muitas vezes.
Quanto ao surimi fica bem em saladas mas não é alimento das minhas predilecções apesar de de vez em quando aparecer cá por casa, é de origem japonesa, rico em amidos, contém vários tipos de peixe, clara de ovo, sal, azeite vegetal, sorbitol (que não faço a mínima ideia do que seja), açúcar, proteína de soja e outros condimentos, podendo ainda conter leite. Resumindo uma mistura "fantástica" com aroma de marisco, mas sem o dito.
Porque hoje esteve muito calor.
Porque amanhã e depois dizem que ainda vai estar pior.
Porque a temperatura subiu muitos graus de um dia para o outro.
Uma bebida refrescante que mata a sede quase de forma instantânea.
Simplesmente porque eu gosto!
Mazagran - Refresco de Café e Limão
Ingredientes:
Preparação:
Misturar tudo num copo, adicionar umas pedras de gelo.
Decorar com limão e beber bem fresquinho.
Nota: Por indicação deixada num comentário alterei o nome do refresco para o seu nome verdadeiro. Obrigada Luís.
Hoje passei pelo talho à procura de umas costeletas de borrego para panar, daquelas que têm um pezinho, mas quando o senhor me perguntou se queria do lombo eu sem pensar disse-lhe que sim e quando estavam cortadas percebi que não era aquilo que queria, é o que faz andar distraída, as costeletas panadas terão que ficar para outro dia...
Assim acabei por fazer umas Costeletas de Borrego com Vinho do Porto e Laranja, usando uma receita que publiquei nos primeiros dias do blog e que na altura passou completamente despercebida, mas por ser tão boa merece uma reedição.
Costeletas de Borrego com Porto e Laranja
Ingredientes:
Preparação:
Lave a laranja, faça o sumo e corte parte da casca em juliana, só o vidrado para não amargar.
Tempere a carne com o alho e a salsa picada, sal e a pimenta a gosto, regue com o vinho do porto, o sumo de laranja e deixe a marinar por uma meia hora.
Escorra a carne, mas reserve o molho em que marinou.
Aloure a carne no azeite, em lume forte de um lado e de outro, baixe o lume e acrescente o molho da marinada, polvilhe com a casca de laranja cortada em juliana e deixe apurar.
Sirva decorado com a restante casca de laranja, com ervilhas cozidas com um molhinho de coentros picados ou com outro acompanhamento a gosto.
Nota: A receita original é feita com lombinhos de borrego e dá um toque mais requintado ao prato, mas funciona muito bem com as costeletas de borrego e também pode ser feita com lombinhos de porco.
Depois de vos ter falado ontem da sobremesa, hoje passamos ao resto do menu.
A mesa mais uma vez foi posta a rigor, as fotos estiveram a cargo dos maridos, que deram atenção a pequenos detalhes esquecendo-se da preparação da refeição que acontecia na sala ao lado.
Com o vinho a respirar e aguardando os últimos preparativos na cozinha, a ementa não foi muito complicada, uma entrada de crepes recheados de requeijão, espinafres e nozes, que hão-de aparecer por aqui oportunamente, uns legumes assados no forno com um molho de iogurte, mel e funcho e um cordeiro assado no forno durante 7 intermináveis horas que espalharam um aroma delicioso não só pela minha casa como pela escada do prédio, (qualquer dia tenho os vizinhos a bater-me à porta).
De todos, este último foi o prato que mais Hummmms arrebatou por unanimidade na primeira garfada, a receita vi-a há um mês e tal atrás num blog francês excepcional e pensei logo em fazê-la.
O blog chama-se Amouses Bouche - Cuisine Goumande et Pâtisserie, merece uma visita prolongada, pois as fotos são muito elegantes e cuidadas e as receitas absolutamente deliciosas.
Cordeiro Assado no Forno
Ingredientes:
Preparação:
Num tacho coloque o azeite e aloure o cordeiro. Adicione a cebola cortada em pedaços, os dentes de alho com as cascas, as cenouras cortadas às rodelas largas, o caldo de carne esfarelado e o bouquet de ervas aromáticas. Regue com 4 ou 5 copos de água, tempere com sal e pimenta e leve ao forno aquecido a 150º durante 7 horas. Sirva quente.
Nota:
O conselho da Sylvie do Amouse Bouche é que se façam 5 horas no dia antes e se completem as duas horas restantes no dia de servir. O meu forno é eléctrico e tem ventilador por isso a minha carne ao final das 5 horas estava pronta e quase sem molho, para eu conseguir ter a carne no forno durante 7 horas teria que diminuir a temperatura para os 100º.
A carne fica excelente, solta-se dos ossos facilmente e desfaz-se na boca como manteiga.
Não é a primeira vez que asso carne no forno a baixas temperaturas e durante muitas horas, já o fiz anteriormente com coelho e o resultado é idêntico.
Juntamente com o cordeiro fiz um pedaço de porco porque um dos comensais não gostava de borrego, mas como era cordeiro acabou por comer.
Não dá trabalho nenhum e enquanto a carne assa pode fazer mil e uma coisas.