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O Tertúlia começou há um ano e tal atrás, devagarinho, um pouco a medo, com muitas ideias mas sem saber bem como concretizá-las, sim que isto de "internetes" é coisa recente para mim.
Resumindo, o que eu sei fazer mesmo é cozinhar, a fotografia veio por obrigação, sim porque um blog de comidas sem fotografias é como um jardim sem flores, excepção feita para o blog Ardeu a Padaria cujo dono tem o dom da palavra e nos transporta para a sua cozinha sem uma única foto.
Mas como ia dizendo, com os tachos a coisa funciona bem, já com a fotografia percebi logo de início que tinha muita coisa que aprender, é que fazer fotos de alimentos não é a mesma coisa que fazer fotos de paisagens e não basta ter uma boa máquina. Tem sido uma aprendizagem lenta mas que começa a dar os seus frutos, e acreditem que tudo o que aqui é postado foi provado e aprovado, pelo marido, pelos amigos ou pela família, eles são os meus mais fiéis seguidores embora nunca me deixem mensagens no blog.
Tudo isto para dizer que estou feliz, o Tertúlia está em destaque na página do Sapo, e já que não posso oferecer champagne ofereço um docinho aos Blogs do Sapo que este mês também estão de parabéns. Muito Obrigado!
Trufas de Chocolate Negro com Vinho do Porto e Amêndoa Tostada
Ingredientes:
Preparação:
Numa taça pôr o chocolate partido aos bocadinhos pequeninos e o vinho do Porto.
Ferver as natas e deitar sobre o chocolate mexendo bem para o derreter, por fim adicionar a manteiga amolecida, mexendo bem para ficar homogéneo.
Tapar a taça e guardar no frigorifico até ao outro dia.
Numa frigideira colocar a amêndoa picada e levar ao lume mexendo sempre para tostar, reservar.
No dia seguinte colocar a amêndoa tostada num prato.
Moldar pequenas bolas com as mãos untadas com óleo ou manteiga e passá-las pela amêndoa.
Acompanhe com um bom Vinho do Porto.
Nota:
Leonor desculpa-me isto não é concorrência desleal, mas esta receita era inevitável e tenho mais umas quantas ideias, depois de aprender a fazer as tuas trufas, estou a consolidar os conhecimentos e aventurar-me em novas experiências, só ainda não me atrevi a mexer na base... receios de principiante. Obrigado Leonor !
Seguindo o lema do Falsarius Chef, um "colega" da blogosfera espanhola cujo blog se chama Cocina para Impostores, digo-vos desde já que esta não é uma pizza.
Cocina para Impostores é, na minha modesta opinião um blog absolutamente extraordinário, tanto pelo bom humor dos textos do Falsarius Chef, como pela sua capacidade de reinventar e recriar pratos, alguns tradicionais, com base em alimentos enlatados, congelados ou pré-cozinhados, o que, digo-vos, é um grande mérito e quiçá uma grande ajuda para quem anda sempre a correr e não tem tempo para nada.
Estas "impostorices" têm tido um enorme sucesso no país vizinho, tanto que o Falsarius Chef já teve um programa na televisão intitulado, "Estas non son las noticias", já tem dois livros editados, um programa de rádio, etc. etc. etc.
Tudo isto para vos dizer que seguindo o exemplo do Falsarius Chef fiz uma Falsa Pizza em sua homenagem.
Falsa, porquê? Porque não precisamos de fazer a massa, não precisamos de fazer o molho ou cozinhar o recheio... Só precisamos de um pouco de imaginação e alguns enlatados que quase todos temos na despensa, em maior ou menor quantidade.
Apresento-vos a lista de ingredientes:
Para a Falsa Pizza precisamos de pão pita, de compra, claro, pincelamos o pão com um pouquinho de azeite e ketchup, por cima uns cogumelos laminados, umas fatias de linguiça, polvilhamos com orégãos secos e queijo ralado a gosto, usei emmental, mas prefiro mozzarela, vai ao forno por cerca de 10 minutos ou até o queijo derreter e serve-se quente.
Se não gosta deste recheio faça um da sua preferência, a imaginação não tem limites e afinal uma pizza personalizada é sempre muito melhor.
Se o meu amigo S.Z., italiano de gema, que vive em Milão passar por aqui vai-me dizer poucas e boas, shiuuuuuuuuuuuuu, não lhe digam nada, é que ele passou horas a ensinar-me como se faz a massa, como se estende, como se recheia e o mais importante, qual a temperatura e o tempo de cozedura para ter uma pizza perfeita.
Está tudo guardado na memória e nos rascunhos, um dia ainda hei-de fazê-las, mas nunca serão tão perfeitas como as que comi na sua casa em Viggiú.
Às vezes tenho saudades de África, não que tivesse vivido lá muitos anos, ou que tivesse lá nascido, mas os tempos que por lá passei foram felizes e diferentes.
Desses tempos e das viagens que fiz, relembro o cheiro da terra molhada e os aromas de comidas esquecidas, recordo o pôr do sol vermelho e grande e para matar a saudade faço comidas africanas.
Esta é uma receita que faço de tempos a tempos e que é sempre do agrado de todos, uma receita simples e cuja inspiração fui buscar num livro de João Carlos Silva, cujo nome neste momento não me recordo, a receita não é de todo igual, até porque a dele é feita no forno e a minha no tacho.
João Carlos Silva tinha há uns anos atrás um programa de gastronomia realizado em São Tomé e Príncipe, no qual aproveitava os recursos naturais da "roça" São Tomense para preparar três receitas em cada programa: entrada, prato principal e sobremesa.
Todos os pratos eram confeccionados ao ar livre, e João Carlos Silva, um comunicador nato, levava "literalmente" os tachos às costas pelas roças e belas paisagens de São Tomé.
A receita de hoje é uma recriação do original, que li há uns anos atrás e que me ficou vagamente na memória, peço desculpa ao seu autor se a mesma não corresponde às expectativas, a nós soube-nos bem, mesmo que não sendo a original.
Ginguba era o nome que se dava ao amendoim, e Gindungo era o nome para o piri-piri, por isso e em memória de outros tempos a receita de hoje é Frango com Ginguba.
Frango com Ginguba (Amendoim) - para 2 pessoas
Ingredientes:
Preparação:
Alourar o frango no óleo de palma, adicionar a cebola bem picadinha e deixar refogar um pouco, acrescentar a calda de tomate e um copo de água, deixar cozer em lume brando.
Adicionar o amendoim triturado, mexer e deixar cozinhar em lume muito brando, mexendo várias vezes, porque o molho engrossa bastante, tendo a tendência a pegar ao tacho, se necessário ir acrescentando um pouco de água, sendo que o molho deve ficar com uma consistência grossa. No final adicionar os coentros picados.
Acompanhem com arroz branco, e como dizia o autor no final dos seus programas: "Façam favor de serem felizes!"
Informações sobre S. Tomé e Príncipe segundo a Geotur:
S. Tomé e Príncipe fica a apenas seis horas de voo de Lisboa, é possível desfrutar de um dos últimos paraísos da terra, composto por paisagem tropical com florestas virgens, flora e fauna única no mundo, praias desertas e paradisíacas, tudo adocicado com a extrema simpatia, generosidade e tranquilidade do seu povo. São Tomé e Príncipe é formado por duas ilhas: São Tomé e Príncipe. As ilhas atraem pelas suas praias lindas, pelos seus doze meses de sol, pelas matas selvagens e montanhas, que permitem longas caminhadas por entre vegetação tropical e ainda oferecem fantásticas oportunidades de mergulho e vela.
De Clima Equatorial, com temperaturas médias anuais que variam entre os 22 e os 30º C. A temperatura varia em função da altitude (2024 metros no Pico de S. Tomé) e da pluviosidade, sendo característica uma forte densidade de humidade, quase sempre superior a 75 %. O ano caracteriza-se por duas estações: “A das chuvas” (Outubro a Maio), com temperaturas elevadas e trovoadas tropicais e a "Gravana" (Junho a Setembro), mais amena, mas com céu geralmente coberto.
Os dados e descrição do programa de gastronomia acima referido foram retirados do site da RTP.