Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Desde que vi este bolo no SmittenKitchen.com, que não tive dúvidas que seria de facto delicioso, andei com ele na cabeça semanas a fio até que ontem não hesitei e meti mãos à obra. Segundo a autora este é um bolo de família, e quando se diz: o Bolo de Maçã da minha Mãe, entende-se desde logo que não é um bolo qualquer, é "O BOLO" aquele que só de ouvir falar faz crescer água na boca, aquele que com um simples olhar conseguimos identificar como o bolo da mãe ou o bolo da avó, e só isto faz dele algo de muito especial.
Ora como na minha família não existe uma grande tradição de doces, exceptuando as filhoses de Natal da minha mãe, resolvi "adoptar"o Bolo de Maçã da Mãe da Deb.
Era uma vez quatro maçãs grandes que andavam a passear pela minha cozinha... que se transformaram no melhor bolo de maçã que eu alguma vez provei
Bolo de Maçã
Deb's mother Apple Cake from Smitten Kitchen
Ingredientes:
Preparação:
Liga-se o forno nos 180º.
Descascam-se as maçãs, cortam-se em pedaços e misturam-se com 5 colheres de sopa de açúcar e 1 colher de sopa de canela, reserva-se.
Mistura-se a farinha peneirada com o fermento e o sal.
Noutra taça mistura-se o óleo com o açúcar, a baunilha e o sumo de laranja.
Adiciona-se esta mistura líquida à mistura da farinha e vão-se juntando os ovos um a um, adicionando o seguinte apenas quando o anterior estiver completamente dissolvido.
Unta-se e polvilha-se uma forma de buraco grande, deita-se dentro uma parte da massa, põe-se uma parte de maçãs por cima, deita-se a restante massa e as restantes maçãs por cima.
Leva-se ao forno, espera-se ansiosamente durante cerca de 45 minutos, verifica-se se o bolo está cozido, e devora-se assim que se conseguir...
As alterações que fiz à receita original estão entre parêntesis na lista de ingredientes.
Nota: Para a menina R. que fez aninhos ontem e que esteve a trabalhar até tarde, este era o bolo que eu tinha acabado de fazer, não estava a brincar quando disse que podias ir lá comer uma fatia.
Esta era a tua fatia, agora já não há...
Caros visitantes já se encontra aberta a votação para o desafio sobre finger food da Chef Debora Cordeiro, em que participei com os meus Peixinhos de Massa Folhada e Atum, vão lá espreitar as opções dos outros bloguistas e votem naquele que acharem mais interessante, as propostas não são muitas mas são bastante boas e diversificadas, deixem o vosso voto nos comentários do Mirepoix. O prazo para votação é até ao dia 27 de Novembro, despachem-se já falta pouco para saber quem é o vencedor
E boa sorte a todos os que participaram!
Adoro caril, adoro o cheiro que deambula pela casa enquanto o estou a cozinhar, embora confesse que depois já não lhe acho tanta graça, mas de tempos a tempos lá faço um caril.
Nem sempre o faço a preceito, ou seja com toda a parafernália de condimentos, até porque na maioria das vezes falta-me sempre qualquer coisa, na maioria das vezes acabo por abreviar caminho usando pasta de caril.
Esta pasta é provavelmente uma coisa com que nem todos estarão familiarizados. Eu uso há imenso tempo e normalmente pode encontrar-se nos hipermercados no corredor das maioneses e dos ketchups.
Num destes dias fiz um caril vegetariano para desenjoar das carnes e dos peixes com que nos entupimos diáriamente.
Caril Vegetariano
Ingredientes:
Preparação:
Faz-se um refogado com a cebola, a cenoura e um fio de azeite, acrescenta-se o tomate e deixa-se cozinhar um pouco até o tomate ficar em puré, acrescenta-se a batata e o nabo, tempera-se com um pouco de sal, acrescenta-se um pouco de água e deixa-se cozinhar. Acrescenta-se a pasta de caril, o caril em pó, o leite de coco e os restantes vegetais e deixa-se cozer em lume brando, até estar cozido e o molho com uma consistência grossa, no final junta-se um pouco de coentros frescos picados.
Acompanha-se com arroz basmati cozido apenas com água e sal.
Serve-se bem quente.
Nota: Os legumes podem ser outros mais ao gosto de cada um, não existe própriamente uma regra embora o grão seja um dos elementos principais. E um pormenor, o caril não tem que ficar amarelo canário como o fazem na maioria dos restaurantes, tem mais a ver com os condimentos.
Pois é, o tempo passa a correr, de tal forma que o Tertúlia de Sabores completa hoje o seu primeiro ano de existência.
Chegam aqui diariamente pessoas do mundo inteiro, apesar de estar escrito em português, e apesar de não conhecer a maioria dos meus leitores, sei que já são muitos e bons.
Por isso quero aqui deixar uma saudação muito especial aos emigrantes portugueses por esse mundo fora, que chegam ao meu cantinho à procura de algumas coisas muito simples e tradicionalmente portuguesas, ou muitas vezes apenas para matar saudades da nossa língua materna.
Uma saudação também muito especial a todos os leitores estrangeiros, que utilizam o tradutor do google para conseguir ler nas suas línguas aquilo que escrevo por aqui, sei que as traduções nem sempre são as melhores, e eu apesar de compreender bem francês, inglês e espanhol, não domino bem nenhuma das línguas para fazer uma tradução correcta.
E por fim o meu agradecimento a todos os meus amigos, a todos os leitores, anónimos incluídos que lêem, experimentam as minhas receitas e deixam mensagens que me fazem sentir tão bem. Todos juntos fizeram com que o Tertúlia de Sabores crescesse e ganhasse um lugarzinho na blogosfera contando hoje com mais de 25.000 visitas.
Para mim que não tinha metas ao iniciar este trabalho, é uma verdadeira vitória.
Para comemorar este primeiro ano de existência fotografei aqueles que são os meus objectos de eleição na minha cozinha, espero que gostem.
As minhas facas, são de Palaçoulo, Trás-os-Montes, a minha frigideira de ferro e um tabuleiro antigo.
As minhas loiças preferidas e as da cozinha, e 2 formas de bolos já antigas.
O rolo da massa e o corta bolachas que eram da minha Avó.
Finger Food é o termo que hoje em dia se utiliza para chamar o que antigamente se denominava por acepipes, estrangeirismos à parte, são pequenas delícias que se comem com uma única dentada, ou talvez duas...
O desafio chegou-me a semana passada pela Chef Débora Cordeiro, do site Prato Feito e do Blog Mirepoix, não precisei de pensar muito para saber o que ia fazer pois para mim o lema e simplificar.
Como nos dias de hoje a maioria das pessoas andam numa correria constante, o tempo não chega para tudo, e ao contrário das nossas avós não podemos passar um dia inteiro na cozinha a preparar todas aquelas coisas que faziam as nossas delícias nos dias de festa, a minha contribuição é para aqueles que gostam de ser práticos e que não têm tempo para coisas muito complicadas, mas que ao mesmo tempo gostam de surpreender os convivas com um miminho.
E porque o peixe também pode ter um aspecto atraente, mesmo para os que habitualmente não gostam, aqui vos deixo a minha participação no desafio sobre Finger Food para a ementa de final de ano.
Peixinhos de Massa Folhada
Ingredientes:
Massa folhada fresca
1 lata de atum
2 colheres de sopa de cebola picada
1 dente de alho pequeno picado
1 colher de sopa de polpa de tomate
1 pé de salsa fresca picada
1 colher de café de orégãos
azeitona preta q.b.
Preparação:
Fazer um refogado leve um um fio de azeite, a cebola e o alho, quando a cebola estiver translúcida acrescentar o tomate picado ou uma colher de polpa de tomate, acrescentar o atum escorrido e a salsa ou coentros picados conforme o gosto. Deixar cozinhar por 5 minutos, apagar o lume e deixar esfriar.
Desenrolar a massa folhada, cortar pequenos rectângulos de forma a depois poder formar os peixinhos, pôr uma colherzinha de recheio, fechar a massa fazendo o formato de pequenos peixes, dobrando em triângulo de um dos lados para formar a cabeça e enrolando do outro, pressionando com um garfo para formar a cauda do peixe. Pôr um pedacinho de azeitona preta para fazer o olho do peixe, pincelar com gema de ovo e levar ao forno para cozer a massa. Se quiser também pode adicionar um pouco de azeitona picada no recheio.
Aqui temos o antes e o depois... 10 minutos depois (o tempo de tirar as fotos) não sobrava nada.
Nota: Para um rolo de massa folhada fresca, chega bem uma lata de atum, uma cebola e um tomate pequenos e umas 2 azeitonas, rende cerca de 10 a 12 peixinhos.
Escolhi o recheio de atum por ser uma coisa prática e acessível, mas pode ser confeccionado com restos de peixe cozido, bacalhau, sardinha em lata ou qualquer recheio que se usa para fazer rissóis ou pastelinhos.
Se em vez de usar peixe, preferir fazer de carne ou de legumes, também é possível, só tem que mudar o recheio, o formato e usar por exemplo um corta bolachas, ou dar asas à imaginação.
Olha o peixe fresquinhooooo...
Ó freguesa não quer levar um peixinho?