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Portugal tem uma grande tradição de doces conventuais, assim não foi difícil a escolha da sobremesa para o jantar medieval que fizemos cá em casa. Uma das escolhas recaiu no Toucinho do Céu, por ser um doce verdadeiramente português que se faz de norte a sul do país. Os mais famosos são os de Guimarães e de Murça, mas existem outros igualmente bons como o do Convento de Odivelas e os Alentejanos.
O Toucinho do Céu é feito com açúcar em ponto, muita gema de ovo, amêndoas que podem ser peladas ou não mas que são sempre picadas e que consoante a região pode levar doce de gila, ou cidrão e canela.
Toucinho do Céu
Ingredientes:
Preparação:
Levar a água ao lume com o açúcar, deixando ferver em lume brando, até obter o ponto pérola (isto leva mais ou menos 10 minutos, e quando se deixa escorrer a colher de pão forma-se uma pequena pérola).
Adicione a amêndoa e o doce de chila, misture e deixe voltar a ferver sem nunca deixar de mexer. Retire do lume.
Entretanto separe as gemas das claras (reserve as claras para fazer outro doce) e junte um pouco do preparado da amêndoa às gemas previamente desfeitas com um garfo.
Depois junte tudo e mexa bem com a colher de pau até estar ligado, leve de novo a lume muito brando para engrossar sem nunca para de mexer e sem deixar ferver.
Unta-se uma forma rectangular com margarina e forra-se com papel vegetal que também se unta e polvilha-se abundantemente com farinha. Deita-se lá dentro o doce e polvilha-se por cima mais um pouco de farinha.
Vai ao forno a 200º durante cerca de 45 minutos. Mas para secar do que propriamente para cozer
Retira-se do forno, deixa-se arrefecer e desenforma-se sacudindo o excesso de farinha, corta-se em fatias e polvilha-se com açúcar em pó.
Nota: Eu só fiz metade da receita e como estava a fazer várias coisas ao mesmo tempo deixei secar demasiadamente o meu.
Deixo-vos as primeiras impressões sobre a minha experiência medieval na cozinha, as receitas foram feitas por mim e pela minha amiga E. que também é uma óptima cozinheira.
Apesar de algumas das receitas serem estranhas na utilização de certos condimentos o resultado final foi muito bom e pelo menos duas das receitas serão realizadas de novo, com toda a certeza, mas depois dou-vos mais pormenores.
Hoje deixo-vos a visão da única criança presente no jantar que se divertiu a fazer desenhos enquanto esperava pelas sobremesas.
Para criar um certo ambiente e a pedido da pequena R. o jantar foi à luz das velas, porque segundo ela, era mais giro, assim temos o primeiro desenho.
Depois porque na sua imaginação na época medieval todos eram reis, rainhas e princesas, abaixo fica a representação gráfica dos comensais.
Em cima temos a R. com o pai e a mãe, em baixo à esquerda temos a E. e o Z. e em baixo à direita sou eu e o D., estamos todos lindos não estamos? Parece uma comitiva real.
Amanhã teremos as primeiras comidinhas, até lá fiquem bem.