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Quando eu era miúda não tinha qualquer hipotese de à hora da refeição dizer, não gosto. Talvez por isso hoje em dia como de tudo e a única coisa a que ainda torço o nariz são as Iscas, sejam elas do que forem - odeio fígados!
Hoje em dia, os miúdos não gostam de nada, ou de quase nada, ainda por cima vejo constantemente pais a mudarem alguns hábitos alimentares por causa das criancinhas. Não acho justo!
A minha sobrinha esteve cá em casa, e é daquelas miúdas que apesar de gostar de arroz de cabidela (nem eu sou apreciadora) torce o nariz à maioria das comidas. Outro dia dizia-me que não gosta de peixe, cebola, cenoura, alho, coentros, enfim uma quantidade infinita de alimentos que são necessários para dar sabor a um bom prato.
Hoje, resolvi fazer arroz de peixe com gambas para o nosso almoço, como a F. gosta de arroz de marisco, (embora consiga escolher todos os pedacinhos de cebola e alho para o lado do prato), achei que não havia problema.
Comecei por picar a cebola e o alho no "1,2,3", refoguei com um fio de azeite, entretanto descasquei um tomate, tirei-lhe as sementes e triturei-o também no "1,2,3" e juntei-o ao refogado. Adicionei uma folha de louro, 2 lombinhos de pescada, 2 lombinhos de maruca e deixei cozer em lume brando. Entretanto lavei uma chávena de Arroz Carolino, adicionei-o ao peixe, juntei 5 chávenas de água quente, meio caldo Knorr de marisco, um ramo de coentros por picar e umas 8 gambas, descongeladas e descascadas, deixando apenas a cabeça e o rabo. Quando o arroz estava cozido, retirei-lhe a folha de louro e o molho de coentros e levei-o de imediato para a mesa, não sem antes tirar uma foto.
A F. gostou, porque o peixe não tinha espinhas, e não teve que escolher nem a cebola, nem o alho, nem os coentros, porque não os viu e o prato ficou com o sabor do costume.
E porque o prato em que foi servido era da minha avô, é quase uma relíquia que eu insisto em usar de vez em quando, e ainda por cima é lindo, aqui fica já lavadinho depois do belo almoço:
O D. estava farto de me pedir para fazer Ossobuco e eu sempre a adiar, entretanto foi às compras trouxe o dito, no mesmo dia compramos o Courier Internacional, e quando eu pensava em ir à procura de uma receita para o confeccionar ao passar as páginas do Courrier encontro uma notícia sobre as origens e a forma de confeccionar o Ossobuco.
Feliz e contente por não ter que perder muito tempo com o assunto pus de imediato mãos à obra e fiquei espantada com o resultado.
O Ossobuco é uma tradição Lombarda, embora não se conheça a sua origem exacta, no entanto já tem denominação de origem, passo a citar o Courrier "No final de 2007, a comuna de Milão atribuiu ao ossobuco a denominação comunal de origem."
Como os italianos têm uma gastronomia que eu adoro, achei melhor não me pôr a inventar e segui a receita do Courrier à risca.
Passa-se a carne por farinha e frita-se num pouco de margarina em lume forte, até ficar com uma corzinha de um lado e de outro, rega-se com vinho branco seco, tempera-se com sal, pimenta moída no momento e umas raspinhas de noz moscada e deixa-se cozinhar em lume brando, sempre que necessário acrescenta-se um pouco de caldo de carne.
Quando a carne estiver tenra, adiciona-se raspa de limão, uma colher de sopa de salsa picada e um dente de alho bem picadinho (a isto os italianos chamam "gremolata") , deixa-se fervilhar mais um bocadinho antes de servir.
O cuscus, segundo o Courrier, é um dos muitos acompanhamentos que ficam bem com o ossobuco, eu servi com um puré de batata que tinha sobrado do almoço e a coisa funcionou bem, no entanto uns grelos salteados também seriam um bom acompanhamento.
A foto hoje não saiu muito bem, mas dá para ver o aspecto. Gostamos tanto que vamos repetir brevemente.
Há pratos que não nos saiem da cabeça, como esta salada, apesar de exótica e até um pouco estranha ela é simplesmente deliciosa, não sei onde a li, como tal não é da minha autoria, mas vale a pena experimentar.
Salada de Frango com Fruta
Ingredientes:
Para a salada:
Para o molho:
Preparação:
Corte o tomate e a maçã aos cubos, rale a cenoura, misture com o frango desfiado, regue com o molho e envolva.
Decore com o kiwi cortado às rodelas, as nozes e o queijo ralado.
Bom para os dias de calor que se avizinham.
Ao falar das Festas de Lisboa é quase inevitável falar de Sardinhas, elas são uma espécie de ex-libris das festas. Recebi hoje o programa e adorei o aspecto gráfico, no Ano Europeu do Diálogo Intercultural as sardinhas vestiram culturas diferentes e por isso não resisto a mostrá-las aqui.
O Programa das Festas está aqui.
Todas as imagens, que tomei a liberdade de reproduzir, foram digitalizadas do Programa das Festas de Lisboa 2008.
Mais um fim de semana, mais um petisco, aqui fica a receita para o Manel e para a Leonor. que juntamente com o restante "clã" são os que fazem quase todas as minhas receitas.
Este prato foi-me ensinado pela mãe do Zé, amigo do coração, há muitos anos atrás, e eu que até não gostava de comer estes bichinhos passei a incluí-los nos meus preferidos.
Codornizes Fritas
Temperam-se 2 ou 3 codornizes, abertas e cortadas ao meio no sentido do comprimento, com 2 a 3 dentes de alho picados, 1 folha de louro, sal, pimenta e colorau, regam-se com 1 copo de vinho branco e deixam-se marinar pelo menos 1 hora. Passado esse tempo, escorrem-se e reserva-se a marinada. Fritam-se duas colheres de sopa de azeite, até estarem louras de ambos os lados, regam-se com a marinada, tapa-se o tacho e deixa-se cozinhar em lume brando até estarem cozidas. Servem-se simples ou sobre uma fatia de pão tostado com a respectiva molhanga por cima.