Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Lembrei-me que estamos na época das ginjas e para quem tenha oportunidade, vale a pena fazer um Licor de Ginja, vulgarmente conhecido por Ginjinha.
Há diversas ginjinhas famosas pelo nosso país, de todas as que provei recomendo a famosa ginjinha do Rossio em Lisboa, embora a da Casa Eduardinho na Rua do Coliseu também não lhe fique atrás.
São igualmente famosas a de Óbidos e a de Almeida da Casa da Menina Amélinha, que é uma velhinha muito simpática.
Mas ginjinha famosa mesmo era a da Tia Eva, que infelizmente já morreu há muitos anos e que me ensinou a fazer a ginjinha que faço hoje em dia lá para casa.
Diz quem prova que é boa e quem sou eu para desmentir, vai um copinho?
Fazer uma boa ginjinha é muito simples embora tenha algumas regras:
Utilize ginjas maduras mas sem qualquer tipo de beliscadura, uma boa aguardente sem cair em exageros, se não tiver hipótese de comprar aguardente caseira, uma "S. Domingos" serve perfeitamente.
Passe as ginjas por água para retirar o pó, tire-lhes os pés, e seque as ginjas com papel absorvente para retirar o excesso de água da lavagem.
Coloque as ginjas em garrafas de boca larga até 1/3 do volume da garrafa, ponha o açúcar até chegar ao nível da fruta, um pau de canela, tape e abane a garrafa ligeiramente para envolver o açúcar na fruta e deixe repousar até ao dia seguinte.
No dia seguinte, acabe de encher a garrafa com aguardente, tape e abane as garrafas diariamente durante pelo menos uma semana. Coloque rótulos e guarde-as num local escuro durante pelo menos três meses, ao final desse tempo prove para ver se está bom de açúcar, senão estiver acrescente mais uma ou duas colheres de açúcar conforme o gosto e volte a tapar a garrafa. Ao fim de seis meses está pronta a beber, mas aconselho vivamente a esperar um ano para provar o delicioso néctar...
Nota Importante:
Nunca use açúcar amarelo senão a ginja vai ficar com pé.
Sangria de laranja e ananás, aqui fica a receita que fiz hoje.
4 laranjas, 3 rodelas de ananás natural que andavam a estagiar no frigorifico, levou só meia garrafa de vinho tinto, uma de espumante e uma de gasosa de litro e meio, um pau de canela, 60 ml de triple sec e outro tanto de ginjinha, 6 colheres de sopa de açúcar e uns cubos de gelo antes de servir.
Misturei as frutas com o açúcar, o vinho e os licores e guardei no frigorifico, entretanto coloquei a gasosa e o espumante no congelador, quase na hora de servir misturei tudo e deitei-lhe o gelo.
Deu quase 5 litros de sangria, mas não se assustem, eramos muitos, a família é grande e ao final da tarde fazia muito calor!
Com o calor a apertar e depois de ter andado pelas ruas de Lisboa na noite de Santo António com o pessoal a beber uma pseudo-sangria mal amanhada, melhor dizendo tirada de dentro de uma qualquer embalagem tetra-pack a que eram adicionados uns pedaços de maçã "ranhosa"... resolvi postar a minha receita de sangria, pois mesmo que não seja a melhor do mundo fica decerto a anos luz daquelas que o pessoal bebeu.
Base para Sangria
4 laranjas de sumo (ou seja das pequenas)
2 limões não muito grandes
Tudo cortado em rodelas de mais ou menos meio centímetro e depois cortadas em quatro.
6 colheres de sopa de açúcar
1 pau de canela
50 ml de ginjinha (eu uso caseira)
50 ml de triple sec
1 garrafa de vinho tinto
1 garrafa de gasosa
Gelo a gosto que é adicionado na altura de servir
Se apreciar uma sangria mais forte não adicione a gasosa toda.
Variantes e Notas pessoais:
Pode retirar o limão e substituí-lo por ananás, pêssego ou frutos silvestres congelados, quer o ananás, quer o pêssego maduro conferem um sabor bastante agradável à sangria.
Pode substituir o vinho tinto por vinho branco para a sangria branca, ou por espumante, cava ou champanhe.
No caso de fazer sangria de espumante, cava ou champanhe, reduza a quantidade de gasosa para 1/3 e experimente fazê-lo só com laranja e frutos silvestres, na proporção de um copo de frutos silvestres para uma garrafa de espumante, para além do sabor agradável dá-lhe requinte.
Pode juntar duas ou três folhas de hortelã se gostar do sabor (eu pessoalmente não aprecio)
Não é necessário uma grande misturada de bebidas alcoólicas para fazer uma boa sangria.
Nunca adiciono maçã porque acho que não acrescenta nada ao sabor da sangria.
O calor já aperta, a vontade de comer coisas quentes é cada vez menor, ontem não me apeteceu estar na cozinha a preparar o jantar, preferi ver o jogo de Portugal e quando acabou fiquei numa de preguiça, resultado eram nove horas da noite quando fui para a cozinha, quando a fome já era grande e a vontade de cozinhar continuava na mesma.
Entretanto lembrei-me que o D. adora feijão frade e que havia uma latinha do dito na despensa. Pus mão à obra, cozi dois ovos, abri uma lata de atum, outra de feijão frade, escorri o óleo do atum e a àgua do feijão frade, piquei uma cebola das novas um raminho de salsa, misturei tudo, temperei com azeite e vinagre e 10 minutos depois estava a jantar.
O D. diz-me, isso é lá receita que se ponha num blog, pois eu acho que às vezes é apenas uma questão de ideias, por isso aqui fica, uma salada que não tem sabedoria nenhuma, mas que nos soube muito bem.
Podia-me ter dado para pior, que é que querem às vezes tenho destas ideias malucas.
Aqui à tempos estive no Clube dos Jornalistas, na Rua das Trinas 129 em Lisboa e reparei que tinham um jarrão enorme cheio de rolhas, servia de decoração. Achei engraçado e resolvi começar a juntar cá em casa as rolhas de alguns dos vinhos que temos bebido nos últimos tempos.
Ontem resolvi fotografar algumas delas, assim:
Foi-se o vinho, foram-se as garrafas, ficaram as rolhas...
Os espanhois, o Torres, o Farfalla (vinho particular), o Ses Nines da Ilha de Maiorca e o Txomin Etxaniz de Getaria no País Basco, não sei dizer qual o melhor, repetiria cada um deles:
O Quinta da Bacalhoa, que dispensa qualquer tipo de apresentação:
E uma selecção de "Quintas":
E mais umas quantas rolhas, estas pelos desenhos espectaculares: