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Lembrei-me que estamos na época das ginjas e para quem tenha oportunidade, vale a pena fazer um Licor de Ginja, vulgarmente conhecido por Ginjinha.
Há diversas ginjinhas famosas pelo nosso país, de todas as que provei recomendo a famosa ginjinha do Rossio em Lisboa, embora a da Casa Eduardinho na Rua do Coliseu também não lhe fique atrás.
São igualmente famosas a de Óbidos e a de Almeida da Casa da Menina Amélinha, que é uma velhinha muito simpática.
Mas ginjinha famosa mesmo era a da Tia Eva, que infelizmente já morreu há muitos anos e que me ensinou a fazer a ginjinha que faço hoje em dia lá para casa.
Diz quem prova que é boa e quem sou eu para desmentir, vai um copinho?
Fazer uma boa ginjinha é muito simples embora tenha algumas regras:
Utilize ginjas maduras mas sem qualquer tipo de beliscadura, uma boa aguardente sem cair em exageros, se não tiver hipótese de comprar aguardente caseira, uma "S. Domingos" serve perfeitamente.
Passe as ginjas por água para retirar o pó, tire-lhes os pés, e seque as ginjas com papel absorvente para retirar o excesso de água da lavagem.
Coloque as ginjas em garrafas de boca larga até 1/3 do volume da garrafa, ponha o açúcar até chegar ao nível da fruta, um pau de canela, tape e abane a garrafa ligeiramente para envolver o açúcar na fruta e deixe repousar até ao dia seguinte.
No dia seguinte, acabe de encher a garrafa com aguardente, tape e abane as garrafas diariamente durante pelo menos uma semana. Coloque rótulos e guarde-as num local escuro durante pelo menos três meses, ao final desse tempo prove para ver se está bom de açúcar, senão estiver acrescente mais uma ou duas colheres de açúcar conforme o gosto e volte a tapar a garrafa. Ao fim de seis meses está pronta a beber, mas aconselho vivamente a esperar um ano para provar o delicioso néctar...
Nota Importante:
Nunca use açúcar amarelo senão a ginja vai ficar com pé.