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Estamos de parabéns, o Tertúlia completa hoje 4 anos de existência.
É verdade, o tempo passa muito depressa, parece que ainda ontem estava a escrever o meu primeiro post.
O ano que passou não foi muito fácil mas continuamos por aqui de pedra e cal, escrevendo textos, experimentando receitas e partilhando ideias.
Este ano não houve convidados especiais, mas ainda assim, não quisemos deixar de festejar mais um aniversário, este ano com um desafio solidário de encontrar receitas para a Maria. Quem quiser participar ainda pode fazê-lo até ao fim do mês, está tudo explicadinho aqui.
A minha opção foi um pudim, para que a Maria, apesar de estar longe da família e dos amigos, possa ter um Natal mais doce.
Pudim de Abóbora
Ingredientes:
Para o caramelo
Para o pudim
Preparação:
Do caramelo
Levar o tacho ao lume com o açúcar, deixar aquecer lentamente até que o açúcar comece a ganhar cor, sem nunca abanar o tacho ou mexer com colher. Quando o açúcar apresentar uma cor dourada adicionar a água quente com muito cuidado pois o açúcar vai borbulhar furiosamente e pode queimar, o melhor será adicionar aos poucos.
Colocar o caramelo numa forma e rodar a forma para a forrar totalmente com o caramelo, (cuidado para não se queimarem) reservar.
Entretanto colocar a água a aquecer para o banho-maria.
Do pudim
Esmagar a abóbora com um garfo e misturá-la com o açúcar.
Bater os ovos como de se fosse para uma omeleta.
Juntar a abóbora aos ovos, bater de novo com o garfo e por fim adicionar o leite mexendo de novo com o garfo (isto tudo demora no máximo 5 minutos a fazer).
Colocar o preparado na forma e colocar a forma dentro do tacho com água quente, assim que a água começar a querer ferver, baixar o lume e deixar cozinhar em banho maria cerca de 50 minutos, nos últimos 20 minutos colocar uma tampa (a água não pode ferver deve apenas borbulhar ligeiramente). No final desse tempo retirar a tampa com cuidado, para não escorrer a água do vapor para cima do pudim e espetar um palito ou a ponta de uma faca no pudim, se sair seco está cozido. Deixar arrefecer completamente para desenformar (eu deixei de um dia para o outro, se desenformar o pudim quente, ele parte-se).
Notas:
A razão de ser das notas abaixo deve-se ao facto de a Maria estar limitada no que diz respeito aos utensílios de cozinha e também, como ela própria diz, não ter muito jeito para a cozinha.
Para a confecção deste doce usei os seguintes utensílios: 1 garfo, um tacho, 1 prato, 1 chávena, 1 lata de feijão vazia e lavada, das grandes porque a Maria não tem formas de pudim.
Para as medidas ficarem correctas, o ideal é começar por medir os ovos, fixar o espaço que ocupam, e medir os restantes ingredientes preenchendo exactamente o mesmo espaço que ocuparam os ovos.
A abóbora para o pudim deve ser cozida com casca de meia laranja e um pau de canela, à falta desta pode-se usar uma colher de café de canela.
Depois de cozida escorre-se e deixa-se arrefecer completamente antes de a esmagar. Para ter a certeza que a abóbora não vai com água para o pudim antes de a esmagar com um garfo espreme-se com a mão, como se estivéssemos a espremer uma esponja.
As medidas acima deram para dois pudins com cerca de 9 cm de diâmetro.
Para quem vive por cá, pode usar caramelo de compra, se tiver forma de pudim deve usar a chávena cheia em vez da meia chávena que dá apenas dois pudins pequenos. Usando a forma de pudim que tem tampa o tempo de cozedura deve reduzir quase para metade. Também pode ser cozido no forno em banho maria. Este pudim não necessita de batedeira, basta um garfo ou uma vara de arames.