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Ultimamente ando muito pãozeira, mas acho que não é à toa, o tempo está frio e parece-me que não há alimento mais reconfortante que uma bela fatia de pão, ele pode ser simples, com manteiga, com doces, enchidos ou uma bela fatia de queijo e o que dizer deste alimento precioso quando acompanha uma bela sopa?
Por isso quando vi este pão fiquei com uma enorme vontade de o fazer, como aliás acontece com a maioria das receitas que a Farida faz.
A Farida vive nos Estados Unidos mas é natural do Azerbeijão. Ela diz no seu blog: "O pão é considerado sagrado, símbolo de abundância e prosperidade, ninguém deita pão para o lixo. Se alguém vê um pedaço de pão na rua, apanha-o e coloca-o de lado, num lugar onde ninguém o pise. Algumas pessoas poderão beijá-lo e tocar com ele na testa. É o sinal de respeito ao pão que nos alimenta."
Por cá o pão já foi mais respeitado do que é hoje em dia, a começar pela qualidade do seu fabrico que hoje em dia está praticamente industrializado e talvez por isso de menor qualidade. Lembro-me de antigamente se comprar um pão grande que durava vários dias, e no final continuava a manter bom sabor e textura. Hoje em dia a maioria dos pães que se compram no dia seguinte já só servem para torradas ou açorda. Lembro-me também de a minha avó não deixar que puséssemos o pão de patas para o ar, já não me lembro exactamente porquê, mas sei que ela ralhava connosco, e quando deixava cair o pão ao chão, apanhava-o, soprava, dava-lhe um beijo e era como se estivesse novo.
Perguntar-me-ão porque é que eu faço pão em casa quando hoje em dia há pão quente a qualquer hora do dia em qualquer pastelaria ou supermercado, e eu respondo, porque o pão feito em casa é muito mais saboroso, e no dia seguinte está exactamente como quando o acabei de fazer.
Depois, fazer pão é um acto de amor, e eu que de pães nada percebo rejubilo a cada nova experiência, deleito-me a cada passo, desde o misturar dos ingredientes, à fermentação, passando pelo milagre que é ver o pão a crescer no forno e o espalhar dos aromas de pão quente pela casa.
Mas voltemos ao pão da Farida, é um pão simples igual a tantos outros, mas que no final é estendido e pincelado com gema de ovo e sementes de papoila e é isso que o torna especial.
Que me desculpem os que por aqui passam à procura de doçuras ou petisquinhos, mas hoje temos de novo o pão.
Para quem continua a fazer pão à mão, vejam o passo a passo da Farida.
TENDIR CHOREYI - Pão Achatado da Farida
Ingredientes:
Preparação:
Bimby / Thermomix
Colocar a água e o fermento no copo com uma colher de sopa de farinha e programar 2 minutos, 37º, velocidade 2.
Adicionar o sal e a farinha, programar 6 segundos, velocidade 6 e depois 2 a 3 minutos velocidade espiga.
Deixar levedar no copo até a massa chegar ao topo do copo. Retirar a massa e colocá-la sobre uma superfície levemente enfarinhada.
Estender a massa com o rolo da massa e colocar num tabuleiro de ir ao forno sobre uma folha de silicone ou papel vegetal.
Deixar repousar a massa por mais 15 minutos, fazer cortes na superfície da massa e pincelar com a gema de ovo dissolvida numa colher de sopa de água , polvilhar com as sementes de papoila e levar ao forno quente a 180º entre 20 e 25 minutos.
Tradicional
Dissolver o fermento na água morna, adicionar a farinha e o sal e amassar por cerca de 10 minutos até obter uma massa elástica.
Deixar levedar por hora e meia ou até ter dobrado o volume.
Estender a massa com o rolo da massa e colocar num tabuleiro de ir ao forno sobre uma folha de silicone ou papel vegetal.
Deixar repousar a massa por mais 15 minutos, fazer cortes na superfície da massa e pincelar com a gema de ovo dissolvida numa colher de sopa de água , polvilhar com as sementes de papoila e levar ao forno quente a 180º entre 20 e 25 minutos.
Nota: Alterei a quantidade de água e de farinha da receita original porque ainda não sei trabalhar massas com elevado teor de água.