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Mais vale um pássaro na mão...

por Moira, em 29.03.09

A Páscoa está à porta e não posso deixar de fazer o meu folar preferido, por isso quero também partilhá-lo convosco, para que o possam saborear.

Sei que nem todos têm paciência para este tipo de coisas, eu também não tinha muita, mas cansei-me de experimentar folares em pastelarias, algumas de renome mas em que a massa se assemelha a qualquer pão de leite ou bolo rei sem frutas pincelado por cima com uma gelatina transparente que mais se assemelha a um verniz.

Para mim um folar tem que levar obrigatoriamente canela e erva doce em pó, mas para quem não gosta destes sabores pode omitir um deles.

Folar da Páscoa

Ingredientes:

  • 40 g de fermento de padeiro ou 11g de fermipan
  • 500 g de farinha de trigo
  • 1 dl de leite morno
  • 100 g de açúcar
  • 75 g de margarina (usei manteiga sem sal)
  • 1 colher de café de canela
  • 1 colher de café de erva doce em pó
  • 1/2 cálice de aguardente (usei 30 ml)
  • 2 ovos
  • sal q.b. (não adicionei nenhum)
  • 2 ovos cozidos (cozi-os com casca de cebola para colorir os ovos)
  • gema de ovo para pincelar

Preparação:

Misturar o fermento com a 100 g de farinha e adicionar metade do leite, mexer até formar uma massa que se solta da tigela e das mãos, se necessário adicionar o leite todo.

Numa taça colocar a restante farinha e fazer um buraco no centro, colocar aí a massa do fermento, ao redor desta pôr o açúcar, a margarina cortada em cubinhos, a canela, a erva doce, a aguardente e os ovos levemente batidos com um garfo, se colocar sal adicione-o aos ovos. Amassar tudo muito bem até que a massa se despegue da taça, e batê-la na mesa de trabalho umas 15 a 20 vezes até ficar com uma consistência fofa e elástica.

Passar uma taça por água a quente e limpá-la muito bem, colocar lá dentro a massa, polvilhar com farinha, tapar e colocar num local morno (embrulhei a taça num cobertor). Deixar levedar até duplicar de volume, entre uma e duas horas (a mim demorou 2 horas).

Retirar um pouco de massa para a decoração e dividir a restante massa em duas porções iguais formando duas bolas como se faz com o pão, achatar um pouco, colocar no meio um ovo cozido, decorar com rolinhos de massa por cima do ovo (coloquei só em forma de cruz).

Levar ao forno quente a 200º durante cerca de 30 minutos, ao fim de dez cobrir com papel de alumínio para não queimar, a cinco minutos do final, retirar o tabuleiro do forno e pincelar os folares com uma gema de ovo misturada com um pouco de leite. Levar de novo ao forno para acabar de cozer, se necessário colocar de novo a folha de alumínio.

Nota: Para fazer a pomba, fiz um rolo com mais ou menos 20 cm de comprimento, dei-lhe um nó, deixando uma ponta maior que a outra, achatei a ponta maior e fiz vários cortes com uma tesoura para formar o rabo do passarinho, do outro lado coloquei uma passa de uva para formar os olhinhos.

Esta receita foi adaptada da revista Saberes e Sabores, Especial Páscoa de Abril de 1998.

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publicado às 23:19

Em busca da receita perfeita

por Moira, em 26.03.09

A Broa é um tipo de pão tradicional na terra onde nasci por acaso. Quando digo por acaso é isso mesmo, os meus pais não viviam lá, mas quis o acaso que eu resolvesse nascer naquela terra, não sei se por capricho, se por vontade própria, certo é que faço parte de um número mínimo de pessoas que se podem "gabar" de ter escolhido a terra onde nasceram.

Mas como vos estava a contar, estavam os meus pais de férias na Figueira da Foz, quando eu, num início de Setembro, há muitos anos atrás, resolvi que era altura de ver a luz do dia e como o local de nascimento indica as nossas origens é assim que a Figueira da Foz passou a ser a minha terra, apesar de nunca lá ter vivido.

No entanto, ainda hoje gosto das suas tradições e guardo de lá muito boas memórias, como a dos deliciosos colares de pinhões que eram vendidos à porta da praça por uma velhotinha e que faziam as minhas delícias.

Daquela zona adoro as rosquilhas, cuja receita ainda não consegui encontrar (se alguém souber diga-me por favor), as broas doces com frutos secos e a broa de milho branco.

Como por aqui não consigo encontrar esse tipo de broa resolvi meter mãos à obra e o resultado foi o que vos apresento hoje, mas que ainda não é satisfatório, por fora ficou com aspecto de broa, o miolo ficou denso como numa broa deve ser, mas ao abri-la vi logo pela cor que ainda faltava qualquer coisa, o miolo deve ter um aspecto mais acinzentado, por isso vou continuar em  busca da receita perfeita, se alguém tiver alguma ideia ou sugestão quanto à massa da broa da região de Coimbra, por favor diga-me, de qualquer das formas deixo-vos a receita da minha primeira experiência. 

Broa de Milho - Primeira Experiência

Ingredientes:

  • 300 g de farinha de milho branca
  • 200 g de farinha da trigo normal
  • 1 pacote de fermento fermipan (11 g)
  • 300 ml de água morna

Preparação:

Tenho usado o método do pão artesanal já descrito aqui que tem resultado com sucesso em todas as minhas experiências até agora.

Numa taça colocar todos os ingredientes secos, mexer só para misturar as farinhas, adicionar a água, mexer com uma colher de pau até absorver todas as farinhas, deixar repousar em temperatura ambiente durante duas horas, tapar a taça e guardar no frigorifico até ao dia seguinte.

Ligar o forno nos 200º ou nos 180º se tiver ventilação.

Moldar a broa com as mãos enfarinhadas, colocá-la num tabuleiro polvilhado com farinha de milho e deixar repousar entre 30 a 40 minutos. Colocar a broa no forno e deixar cozer durante cerca de 40 a 50 minutos (eu deixei o meu durante uma hora porque estava com muitas dúvidas, mas acho que foi um pouco demais).

Nota: Entretanto aprendi que para saber se um pão está cozido, ao bater com a mão na base do pão o mesmo deverá fazer um som oco.

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publicado às 19:00

Frango com Mel e Molho de Soja

por Moira, em 25.03.09

Há muito tempo que andava para fazer esta receita da Pipoka do Blog Three Fat Ladies, fui adiando, o tempo foi passando e hoje foi de vez.

Não deixem de passar pelo blog Three Fat Ladies, que tem receitas muito boas, algumas de inspiração asiática, óptimas para variar a alimentação.

É uma receita que não dá trabalho nenhum e fica muito agradável. Acompanhava com umas batatas picantes mas eu não consegui encontrar a receita e inventei umas batatas doces assadas com gengibre, não vou dizer que estas foram o melhor acompanhamento do mundo, porque não foram, mas fiquei com vontade de fazer de novo com batata corrente pois o cheiro do gengibre ralado no forno encheu a minha cozinha com um aroma extraordinário.

O aspecto do meu frango não ficou nada parecido com o da Pipoka, não faço a mínima ideia porquê, talvez o meu molho de soja fosse forte de mais ou o mel mais escuro, certo é que o molho ficou muito escuro, mas não se impressionem ficou muito saboroso.

Frango no Forno com Mel e Molho de Soja - 2 pessoas

Ingredientes:

  • 4 pernas de frango
  • 1 colher de sopa de molho de soja
  • 1 colher de sopa de mel
  • 6 fatias de bacon (a receita original levava uma fatia por cada porção de frango, mas como usei perna em vez de coxa e as fatias de bacon eram pequenas tive que usar duas fatias por cada perna de frango)

Preparação:

Ligar o forno nos 200º.

Aquecer o molho de soja com o mel para o derreter.

Enrolar o frango com as fatias de bacon e prender com um palito.

Colocar o frango num tabuleiro de ir ao forno, regar com o molho e assar por cerca de meia-hora, virando o frango a meio da cozedura.

Servir com umas batatas assadas ou com arroz branco.

 

Nota: O meu forno tem ventilador e por isso ao fim de dez minutos o molho começou a caramelizar, por isso tive que juntar uma chávena de café de água quente para não queimar. 

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publicado às 22:41

Uma coisa rápida

por Moira, em 24.03.09

De vez em quando gostava de ter uma varinha mágica, e com um toque de magia transformar qualquer coisa numa iguaria sem ter que sujar um único tacho, mas como isso ainda não é possível, tirei uns filetes de salmão do congelador, que verdade seja dita não eram grande coisa.

Temperei-os com um dente de alho, sal e pimenta e alourei-os num fio de azeite, baixei o lume e espremi três ou quatro laranjas, das da minha cunhada que são umas miniaturas e não deram mais que uns 50 ml de sumo, com o qual reguei os filetes, adicionei umas duas colheres de vinho moscatel e uma colher de sopa de casca de laranja cortada em juliana, mas só o vidrado para não amargar, por fim polvilhei com duas colheres de sopa de salsa picada e deixei cozinhar mais um pouco.

Quando me dei conta, tinha os filetes prontos e nem sequer me tinha lembrado do acompanhamento, para não demorar mais tempo levei um tacho com uma chávena de água ao lume, uma pedrinha de sal e uma colher de sopa de azeite, deixei ferver e vazei lá para dentro uma chávena de cuscus, tapei e deixei em repouso uns 5 minutos, polvilhei com uma mistura de ervinhas moídas, mexi com um garfo e em 20 minutos o jantar estava na mesa.

Foi tudo tão rápido que até a foto foi tirada à pressa e sem condições de luz, o D. estava com fome e não havia mais tempo para "empiriquitar" o prato, afinal de contas tudo isto se passa numa cozinha que não tem espaço, nem luz para querer ser estúdio fotográfico.

Esta foi a história possível de um jantar de Salmão com Molho de Laranja, Moscatel e Salsa, acompanhado por um simples couscous e se alguém se atrever a experimentar esta receita o meu único conselho é que o façam com salmão fresco, que o congelado era seco e sem graça e ainda por cima mais caro.

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publicado às 18:39

Brydebrød

por Moira, em 23.03.09

Esqueça o nome impronuncionável para nós portugueses e experimente fazer este delicioso pão dinamarques.

A primeira vez que fiz o Brydebrød foi para um jantar em casa da minha mana cujo tema era a Dinamarca e os Contos do Andersen, nessa altura faziamos muitos jantares temáticos e muitas "viagens gastronómicas" sem sair de Portugal, descobrimos sabores muito diferentes dos nossos. A experiência é tão gratificante que a aconselho vivamente, que o diga o grupinho do costume que na altura viajou por toda a Europa, África, Ásia e América Latina, sem sair da mesa de refeições.

Este é um tipo de pão tradicional da Dinamarca, sendo uma alternativa muito interessante aos nossos pães tradicionais uma vez que é feito com cenoura ralada e iogurte. Ele pode ter a forma que quisermos, por exemplo, uma árvore de Natal para o almoço de Natal ou um coração para uma festa de noivado ou casamento, eu fiz uma flor porque estamos na primavera.

A receita original, encontrei-a num site dinamarques que se chamava Danish Deli Food, cujo link infelizmente deixou de funcionar, para grande pena minha pois tinha receitas deliciosas.

Esta receita é a minha versão pois sofreu ligeiras alterações, em vez das sementes levava farinha de três grãos que eu não tinha em casa e por isso substitui por sementes.

Brydebrød
Ingredientes:
  • 1 pacote de fermipan (11g)
  • 100 ml de água morna
  • 100 ml de iogurte natural (utilizei 1 iogurte de pote de vidro)
  • 1 colher de sopa de óleo
  • sal q.b. (não coloquei nenhum)
  • 150 g de cenouras raladas
  • 100 g de farinha de centeio integral (levava trigo integral que eu substitui por centeio)
  • 50 g de sementes de linhaça e de girassol (levava ferinha de 3 grãos)
  • 200 g de farinha trigo T55
Preparação:
Dissolva o fermento em água morna e adicione o iogurte, o óleo, o sal, a cenoura ralada, a farinha integral e as sementes. Adicione a farinha de trigo um pouco de cada vez até que a massa fique firme e lisa. Amassar durante 15 minutos.
Deixe a massa levedar durante cerca de meia hora, ao fim desse tempo divida a massa em pequenas porções do mesmo tamanho, formando com elas pequenas bolas. Coloque as bolas juntas sobre uma  folha de panificação polvilhada de farinha, com o formato que desejar. A massa vai levedar e juntar-se para formar um único pão que se dividirá facilmente após a cozedura.
Deixe fermentar por mais 15 minutos e coza em forno aquecido a 200 ° C por cerca de 30 minutos.
Servir inteiro, para que cada participante na refeição possa partir o seu pedaço de pão.

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publicado às 13:00

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