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Sei que nem toda a gente gosta de frutos cristalizados, se assim for, façam uma batota e substituam-nos por passas ou corintos, ou simplesmente esqueçam-se deles... Por vezes é assim que, sem querer, começamos a fazer batotas e vamos recriando receitas novas com base em receitas antigas como a que se segue:
Bolo Inglês
Ingredientes:
Preparação:
Bate-se o açúcar com a margarina ligeiramente amolecida, vai-se juntando os ovos, um a um, mexendo muito bem entre cada ovo.
Adiciona-se o vinho do porto e o mel por fim a farinha com o fermento, tendo o cuidado de guardar cerca de 2 colheres de sopa de farinha para envolver os frutos antes de os juntar à massa no fim de tudo.
Vai ao forno médio, em forma rectangular, bem untada e enfarinhada, durante cerca de 50 a 60 minutos. A meio da cozedura deve fazer um corte no bolo no sentido do comprimento.
Como eu disse no meu post anterior há sabores que nos ficam na memória, e foi a propósito disso que me lembrei de um bolo que uma amiga da minha mãe fez para uma festa de despedida, tinha eu os meus 8 ou 9 anos. O nome da senhora, se a memória não me falha era Liberta e o Bolo, não sei porque razão chamavam-lhe Bolo Americano.
É um bolo forte e diferente, mas muito agradável.
Bolo de Frutos Secos e Laranja
Ingredientes:
Nota: Utilizar uma chávena de chá para medir os ingredientes.
Preparação:
Bate-se o açúcar com a margarina, até formar um creme fofo, vai-se juntando um ovo de cada vez, não juntando o próximo sem ter dissolvido bem o anterior.
Junta-se a este preparado alternadamente farinha, bicarbonato e água morna. Por fim juntam-se as nozes, passas e laranja tudo passado pela picadora. A laranja é picada na máquina com casca e tudo, eu normalmente só deito fora o topo e o fundo da laranja, onde a casca é demasiado espessa.
Vai ao forno médio, em forma untada e polvilhada com pão ralado, cerca de 50 a 60 minutos.
Sugestões:
Pode adicionar a esta receita uma colher de café de canela e uma pontinha de cravinho em pó.
Metade das nozes pode ser substituída por amêndoas e/ou avelãs ou uma mistura das três.
Parte da farinha também pode ser substituída por farinha integral, e o açúcar, claro está também pode ser substituído por açúcar amarelo.
Actualização: A foto foi acrescentada em Janeiro de 2011 e a laranja foi substituída na receita por duas tangerinas.
Lá em casa são imensos os livros de culinária e tratam das mais diversas culinárias, mas há um que é especial, dá pelo nome de "A Mulher na Sala e na Cozinha", é da Autoria de Laura Santos da Editorial Lavores, não sei precisar a data desta 8ª Edição, mas a dedicatória do meu pai para a minha mãe data de Junho de 1965, não deixando margem para dúvidas quanto à antiguidade deste belíssimo exemplar.
Ao folhear as suas páginas amarelecidas pelo tempo, regresso aos aromas e sabores da minha infância. Apetece-me repetir as receitas, que a minha mãe fazia e ainda faz, que estão marcadas com um X nas margens.
Não sei se é um livro indispensável, mas é decerto um livro de referência. É de uma época em que os livros de cozinha não tinham imagens, mas tinham o básico, é quase uma escola de donas de casa, nome que hoje em dia já não faz sentido.
Para além das receitas tem algumas ementas para ocasiões especiais, e conselhos para a apresentação da mesa.
Foi escrito há muito tempo, mas pela transcrição abaixo parece intemporal:
"São tantas as dificuldades da época que atravessamos, que até mesmo as donas de casa mais experientes se vêem embaraçadas com a resolução dos difíceis problemas da economia doméstica, entre as quais certamente avultam os relacionados com a preparação das refeições diárias."
O livro em questão ainda se encontra à venda, as suas receitas, algumas são intemporais, outras caracterizam uma época, para mim é simplesmente uma preciosidade.
À pergunta "O que queres para o jantar ?" a resposta é seguramente, e desde há muitos anos, sempre a mesma: "Qualquer coisa !".
Se a pergunta for: "Queres Carne ou Peixe ?" a resposta é invariavelmente "Tanto faz!".
Com o meu marido é assim, sempre respondeu assim, já estou habituada, no entanto ainda lhe vou perguntando o que quer comer.
Ontem, no entanto surpreendeu-me, ao responder sem hesitações que queria jantar Pizza de Peixes Fumados e Soufflé de Chocolate. A vida tem destas coisas, estamos sempre a ser surpreendidas, e eu achei tanta graça que resolvi fazer-lhe o que ele me pediu.
Quanto à Pizza, fiquei-me por uma congelada, de frutos do mar a que acrescentei um salmão fumado e um pouco mais de queijo. Nada de especial, mas satisfez.
Quanto ao souflé resolvi fazer a receita do Chefe Henrique Sá Pessoa que deu outro dia no Programa Entre-Pratos.
Soufflé de Chocolate e Mel com Gelado de Noz
Ingredientes:
Preparação:
Bata as gemas com o açúcar, junte o mel e a raspa de limão. Entretanto derreta o chocolate em banho-maria com a manteiga (eu pessoalmente derreto-o no micro-ondas cerca de 1 minuto consoante a potência).
Deixe arrefecer um pouco e junte às gemas misturando bem.
Bata as claras em castelo e envolva com muito cuidado na outra massa, para não baixar o volume das claras batidas.
Unte as forminhas de souflé nbsp;com manteiga e polvilhe com açúcar , ponha lá o preparado tendo o cuidado de não encher porque o souflé tem tendência de crescer quase para o dobro.
Vai ao forno pré-aquecido a 200ºC durante 8 a 10 minutos (até crescer).
Servir de imediato com uma bola de gelado de noz.
O Chefe Henrique Sá Pessoa que me perdoe, mas a coisa também funciona muito bem com uma bola de gelado de baunilha, com umas nozes picadas por cima ou com nougat de amêndoa picado por cima.
Lá em casa adoramos experimentar comida dos mais diversos países do mundo.
De vez em quando fazemos uns jantares temáticos para os amigos, e, confesso que quando faço as pesquisas e escolho as ementas, me cresce água na boca só de pensar nas iguarias em que a escolha vai resultar.
A ideia surgiu após uma viagem a Itália há uns aninhos atrás, quando quisemos mostrar aos amigos que a comida italiana não rodava à volta da pasta e da pizza.
Daí para a frente viajámos por diversas culinárias e à excepção de uma ou outra experiência menos boa, as comidinhas têm sido do agrado de todos.
Toda esta conversa para vos dar a conhecer mais uma receita de peixe ou marisco, de origem brasileira, que experimentei ontem á noite.
A receita vinha no rótulo de uma latinha de óleo de palma, nunca tinha usado tal óleo nas minhas experiências culinárias, fiz uma ou outra adaptação ao meu gosto, talvez porque hoje em dia já não consigo levar uma receita à risca até ao fim, mas digo-vos que o jantar resultou perfeito.
Moqueca de Camarão - 2 pessoas
Ingredientes:
Preparação:
Num copo misturador triture o tomate, a cebola, o sumo de limão e os coentros.
Num tacho ou frigideira , deite o azeite e as duas colheres de óleo de palma, aqueça ligeiramente para derreter o óleo de palma e junte os camarões.
(Neste tipo de receitas costumo descascar o camarão depois de descongelado, deixando-lhe apenas a cabeça e o rabo, mas desta vez cortei apenas as patas e as barbichas para não ficarem depois no molho).
Deite por cima a mistura que triturou e o leite de côco , ponha sal e piri-piri quanto baste e misture, tape o tacho e assim que levantar fervura, ponha o fogão no mínimo e deixe cozinhar por 10 minutos. V á dando um olhinho para não pegar.
Sirva com um arroz branco simples. Eu acompanhei com arroz basmati e um branco fresquinho "Quinta do Valdoeiro " que no meu entender fizeram uma combinação perfeita.