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Antes de mais uma pequena reflexão.
Hoje comemora-se o Dia Mundial da Alimentação e o também o Dia Mundial do Pão, para aqueles que vivem numa sociedade moderna o meu pedido é que pensem duas vezes nos desperdícios alimentares que se produzem em cada uma das nossas casas e aproveitem-nos, com umas sobras de carne, façam umas empadas ou um empadão, com os restos de pão façam umas migas ou um pudim de pão, mas por favor não estraguem comida, pensem que por esse mundo fora ainda há gente que morre de fome. E com a crise que se faz sentir, nomeadamente em Portugal, há cada vez mais gente que vive no limiar da pobreza e que faria um banquete com muitas das coisas que não são aproveitadas em muitas casas portuguesas.
Agora sim, vamos ao que me trouxe aqui hoje, o pão.
Esta não foi a minha primeira escolha, queria trazer-vos mais uma vez um pão tradicional da minha região, mas infelizmente a experiência não correu bem. Por isso hoje acordei cedo e procurei uma alternativa, foi assim que ao folhear um dos melhores livros que tenho sobre Pão Português, encontrei um pão que curiosamente se chama Pão Espanhol, há anos que não o comia e há muito que não o vejo à venda, é um pão de miolo denso e muito branco, uma massa que leva uma percentagem pequena de água que faz com que seja boa para moldar, é por isso uma massa muito versátil e que puxando pela nossa imaginação dá para moldar pães com as mais diversas formas.
Optei pelas pinhas e pelos passarinhos.
As pinhas que em França também eram conhecidas por alcachofras, estiveram na moda nos séculos XVII e XVIII, tendo inclusive sido citadas por Diderot ou Malouin nas enciclopédias francesas da época. São feitas a partir de uma tira de massa que leva cortes de um dos lados e que depois é enrolada deixando os recortes para cima.
Os passarinhos, até há alguns anos atrás, podiam encontrar-se em quase todas as padarias de Lisboa, hoje creio que já não existem, são feitos a partir de uma tira de massa a que se dá um nó, sendo que uma ponta é a cabeça e a outra ponta é a cauda.
Pão Espanhol
(Adaptado do Livro "O Pão em Portugal" segundo a receita de Paulo Chagas)
Ingredientes:
Preparação:
Tradicional
Colocar a farinha e o sal num alguidar, fazer uma cova no meio colocar os restantes ingredientes e amassar até obter uma bola de massa elástica e moldável. Deixar descansar em local ameno e fora de correntes de ar até dobrar o volume. Pegar em pequenas quantidades de massa, cerca de 100 g, e moldar com a forma ou formas que quiser.
Levar ao forno quente a 180º até estar cozido. O tempo de cozedura varia consoante o tamanho dos pães, se fizer pães pequeninos cerca de 15 minutos são suficientes, se for um pão grande talvez uma meia hora.
Bimby / Thermomix
Colocar no copo a água o açúcar e a manteiga e programar 1 min., 37º, vel. 2.
Adicionar o fermento, 10 segundos, vel. 2.
Juntar metade da farinha e programar 4 minutos, vel. espiga, adicionando a restante farinha pelo bocal aos poucos.
Retirar a massa da máquina, colocar numa taça e deixar descansar
em local ameno e fora de correntes de ar até dobrar o volume. Pegar em pequenas quantidades de massa, cerca de 100 g, e moldar com a forma ou formas que quiser.
Levar ao forno quente a 180º até estar cozido. O tempo de cozedura varia consoante o tamanho dos pães, se fizer pães pequeninos cerca de 15 minutos são suficientes, se for um pão grande talvez uma meia hora.
Com esta receita participo no World Bread Day 2010, mais uma vez promovido pela Zorra, espero ter contribuido mais uma vez para divulgar mais um pão tradicional português.